sábado, 29 de março de 2014

Diversão na natureza selvagem


Acho muito bacana o trabalho do diretor Carlos Saldanha ao representar o Brasil.

Rio, de 2011, já mostrava o nosso país de uma maneira diferente, mesmo que estivessem lá todos aqueles clichês pra gringo ver (Carnaval, samba, favela, etc.). O filme foi um tremendo sucesso mundial. Rio 2, que estreou na última quinta-feira, muda o foco ao sair da cidade maravilhosa e ir parar na floresta amazônica, onde as araras Blu, Jade e seus três filhotes irão viver novas aventuras.

Tudo começa quando seus donos, Linda e Túlio, em expedição pela floresta, encontram a pena de uma ararinha azul, o que pode significar que Blu e sua família não sejam os últimos da espécie. Após vê-los em uma reportagem na TV, Jade insiste para que eles partam para a Amazônia. Blu inicialmente reluta, mas acaba aceitando a ideia. Assim, toda a família parte em uma viagem pelo interior do Brasil, passando por cidades como Ouro Preto, Brasília e Salvador! Fiquei feliz ao ver a histórica cidade do interior de Minas retratada no longa-metragem.

Já na Amazônia, eles vão encontrar centenas de outras araras azuis, inclusive o pai de Jade. Neste momento o filme lembra muito "Entrando Numa Fria", em que o personagem de Ben Stiller tem que fazer de tudo para agradar o sogro vivido por Robert De Niro. Atrapalhado e acostumado a uma vida urbana, Blu vai passar por situações pra lá de constrangedoras ao tentar ser aceito pela espécie.



A animação traz de volta praticamente todos os personagens do primeiro filme, apesar de alguns ficarem meio sem função na trama. Nigel, a dramática cacatua vilã, vem agora acompanhada de Gabi, uma rã venenosa perdidamente apaixonada por ele, e pelo tamanduá Carlitos. Mas eles não são os únicos antagonistas. Tem também uma turma de desmatadores que ameaça o ecossistema das araras. Esse excesso prejudica um pouco o filme, pois muitas histórias paralelas não se desenvolvem direito.

Bastante colorido e com um visual arrebatador, Rio 2 tem ótimas cenas, tais como a partida de futebol entre as araras azuis e as vermelhas; a seleção de talentos na floresta, com direito a uma orquestra de pernilongos, tartarugas capoeiristas e um bicho preguiça tagarela; e a "batalha final", com os animais se unindo para enfrentar os madeireiros com seus tratores e explosivos.

Resumindo: Rio 2 é muito divertido, tão bom quanto o original, e que vai agradar em cheio crianças e adultos.

quarta-feira, 26 de março de 2014

Um banco de praça, duas atrizes e muito a dizer


O projeto Teatro em Movimento traz à capital mineira o espetáculo “Chorinho”, bastante premiado e elogiado pela crítica. A peça celebra o reencontro das atrizes Denise Fraga e Cláudia Mello com o autor e diretor Fauzi Arap.

Em uma praça de uma grande cidade, duas vidas se entrelaçam graças aos encontros e conversas de uma solteirona aposentada (Cláudia Mello) com uma estranha moradora de rua (Denise Fraga). De um lado estão preconceitos e solidão; de outro, lucidez, loucura – e mais solidão.

Com diálogos regados de humor e emoção, a peça narra, em sete momentos, a construção da inusitada amizade entre estas mulheres aparentemente tão diferentes. Uma mora na praça por opção, não aguenta as leis sociais e a hipocrisia do mundo. A outra é uma senhora solitária que frequenta o lugar, cuida das plantas e tenta preencher o vazio dos dias com aulas de inglês e programas de televisão.

A partir da insistência da mendiga, as duas vão se encontrando dia após dia na praça e através do que dizem, permitem que o espectador vá desenhando suas histórias, pensamentos, medos e solidões. Em diálogos simples e cheios de humor, Fauzi coloca em cena uma profunda e poética filosofia urbana.

SERVIÇO

“Chorinho”, com Denise Fraga e Cláudia Mello
Dias: 5 e 6 de abril, sábado às 20h e domingo às 19h
Local: Grande Teatro do Palácio das Artes - Av. Afonso Pena, 1537 – Centro
Ingressos: Plateia I – R$ 70,00 / Plateia II – R$ 60,00 / Balcão – R$ 50,00 - Valor promocional limitado a 20% da capacidade da casa. Meia entrada válida para maiores de 60 anos e para estudantes devidamente identificados (conforme MP 2208/2001)
Informações: : 3236-7400 - www.teatroemmovimento.com.br

sexta-feira, 21 de março de 2014

This is... Gréciaaaaaa!!!

Se você assistiu 300, deve se lembrar da famosa cena abaixo, em que Leonidas declara guerra ao exército persa.



Pois a cena poderia se repetir em 300 - A Ascensão do Império, em cartaz nos cinemas. Só que desta vez Themistocles (Sullivan Stapleton) gritaria "This is... Gréciaaaaa!!!". É isso mesmo. Não se trata da sequência do filme de 2007, e sim um paralelo. Eu explico:

Após a morte do pai, Xerxes (Rodrigo Santoro) dá início a uma jornada de vingança e ruma em direção à Grécia, com seu exército sendo liderado por Artemisia (Eva Green). Enquanto os 300 espartanos liderados por Leonidas tantam combater o Deus-Rei, os exércitos do resto da Grécia se unem para uma batalha com as tropas de Artemisia no mar. Themistocles é o responsável por liderar os gregos. Aos poucos vemos o que aconteceu com os 300 de Sparta, com cenas do filme original. Mas o foco é outro.



O longa metragem, dirigido por Noam Murro e baseado nos quadrinhos de Frank Miller, tem muitas cenas de batalhas no estilo de seu antecessor. Guerreiros sarados seminus empunham suas espadas e saem decepando braços, pernas, cabeças... o sangue jorra. Vi o filme em 3D, o que só aumentou o realismo das lutas. Nem tente contar os mortos. Depois do décimo você se acostuma e fica inerte à tanta violência, prestando mais atenção nas coreografias, que alternam cenas em câmera lenta com outras extremamente rápidas. O resultado impressiona.

O ruim é que 300 - A Ascensão do Império tem uma fotografia escura demais. Tem horas que é difícil ver o que está acontecendo. Rodrigo Santoro ganhou destaque e até descobrimos como ele se tornou aquela figura bizarra de Xerxes, mas quem rouba a cena mesmo é Eva Green no papel da vilã Artemisia (se é que podemos chama-la de vilã. Pra mim ela está mais pra antagonista, uma guerreira experiente capaz de tudo pra derrotar os gregos). Tenho certeza que você vai prestar atenção na forte cena de sexo entre ela e Themistocles. Uma verdadeira "luta" que... uau! Só digo uma coisa: assista.

O final deixa claro que haverá uma continuação. Tomara que não demore mais sete anos...


terça-feira, 18 de março de 2014

'Teatro em Movimento' traz Regina Duarte a BH

O espetáculo “Bem-Vindo, Estranho” abre a programação 2014 do projeto Teatro em Movimento. A montagem, um suspense policial britânico escrito pela dramaturga Angela Clerkin, narra a história de Jaki (Regina Duarte) e sua filha Elaine (Mariana Loureiro), que vivem às turras num claustrofóbico apartamento em Londres. Com a chegada de Joseph (Kiko Bertholini), o misterioso namorado de Elaine, a atmosfera de suspense entra em erupção. 

A dinâmica do espetáculo é ditada pela alternância de afeto e calor humano genuínos, com a maquiavélica e implacável manipulação à qual Jaki submete a filha, uma jovem advogada. O cotidiano das duas se complica à medida que Elaine obtém a absolvição de Joseph, acusado de ter assassinado a namorada e, apaixonada por ele, o traz para viver no claustrofóbico apartamento que divide com a mãe. Momentos de drama intenso e absorvente se alternam com pitadas de leveza, humor e sensualidade. Em paralelo, ficam claros os jogos intrínsecos às relações humanas. Até que ponto receber um estranho em casa pode abalar uma relação de confiança?

Com cenário do renomado J.C. Serroni e inspirado na estética noir que sugere o texto, o diretor Murilo Pasta cria uma atmosfera densa de suspense e lirismo que deságua num coquetel explosivo de desejos incontroláveis cujas consequências são devastadoras.

SERVIÇO

“Bem-Vindo, Estranho”, com Regina Duarte e elenco
Duração: 80 minutos / Recomendação: 14 anos
Dias/Horários: dias 21 a 23 de março - sexta às 21h, sábado às 20h e domingo às 19h
Local: Cine Theatro Brasil Valourec – Praça 7, S/N, Centro
Ingressos: Plateia I: R$ 80,00 / Plateia II (mezanino): 70,00/ Plateia II: R$ 50,00 - Valor promocional limitado a 20% da capacidade da casa. Meia entrada válida para maiores de 60 anos e para estudantes devidamente identificados (conforme MP 2208/2001)
Informações: (31) 3201-5211
www.teatroemmovimento.com.br / www.cinetheatrobrasil.com.br

sexta-feira, 14 de março de 2014

Alta gastronomia a preços acessíveis


Quem não abre mão de uma boa gastronomia não pode perder a 8º edição do Belo Horizonte Restaurant Week. O festival desembarca na capital mineira entre os dias 10 e 30 de março trazendo menus especiais a preços únicos nos principais restaurantes da cidade.

Elaborados e selecionados especialmente para o festival, os cardápios (com direito a entrada, prato principal e sobremesa) serão vendidos ao preço fixo de R$ 37,90 + R$1 (doação Jornada Solidária) no almoço e R$ 49,90 + R$1 (doação Jornada Solidária) no jantar.

Pela primeira vez, o festival acontece simultaneamente em Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Espirito Santo, Campinas, São Paulo e Ribeirão Preto. Em BH são 61 estabelecimentos participantes. O tema deste ano são os Sabores do Brasil.

Serviço: Belo Horizonte Restaurant Week
Data: 10 a 30 de março de 2014
Semana Pré: 10/03 a 16/03 – Exclusivo para Clientes Mastercard Platinum e Black.
Outras informações: www.restaurantweek.com.br

terça-feira, 11 de março de 2014

A culpa é do mordomo


Com direção de Miguel Falabella, o espetáculo “O que o mordomo viu”, escrito em 1967 pelo inglês Joe Orton, chega a Belo Horizonte e promete divertir a plateia ao tratar de temas atuais como sexualidade, poder, mentiras, traições e corrupção.

A peça marca o reencontro de Miguel Falabella e Marisa Orth no palco. A história gira em torno do psiquiatra Dr. Arnaldo (Miguel Falabella) e sua atraente secretária, Denise Barcca (Alessandra Verney). Tudo começa com a secretária sendo examinada pelo doutor, durante uma entrevista de emprego. Como parte da entrevista, ele a convence a se despir. A situação vai se tornando mais intensa à medida que a entrevista avança até a entrada em cena da Sra. Mirta (Marisa Orth), esposa de Dr. Arnaldo.

Neste momento, o Dr. tenta encobrir o que se passava e, sem tempo para pensar, esconde a secretária Denise atrás de uma cortina. A partir daí se desenrola um grande jogo de erros, pois sua esposa também está escondendo algo: a promessa do cargo de secretário a Nico (Magno Bandarz), por quem está sendo chantageada.

Aos poucos outros personagens vou surgindo em cena, enriquecendo ainda mais a trama. Como se não bastasse a trapalhada instaurada, a clínica de Dr. Arnaldo passa por uma inspeção do governo liderado por Dr. Ranço (Marcello Picchi), revelando então o caos na clínica. Situação essa que Dr. Ranço usará para desenvolver um novo livro.

"O que o mordomo viu" aborda com muito humor, as atitudes sociais em relação à sexualidade, como homens e mulheres se sentem e se comunicam, sobre seu desejo pelo poder e como lidam com esse poder. E tem todos os ingredientes de uma brincadeira muito agradável: manias dos personagens, enredos tortuosos, confusão de identidades, portas batendo, roupas que desaparecem, e, acima de tudo, a sagacidade subversiva de Orton, que foi considerado um dos dramaturgos mais criativos do século 20.

SERVIÇO

Espetáculo “O que o mordomo viu”, com Miguel Falabella e Marisa Orth
Data/Horário: dias 14, 15 e 16 de março (sexta e sábado às 21h30 e domingo às 19h)
Local: Sesc Palladium
Ingressos:
Setor 1 - R$ 130 / R$ 75
Setor 2 - R$ 100 / R$ 50
Setor 3 - R$ 50 / R$ 25
Vendas: ingresso.com e bilheteria do Sesc Palladium - Rua Rio de Janeiro, 1046
Classificação: 14 anos
Duração: 90 minutos
Informações: (31) 3889 2003

sábado, 8 de março de 2014

Homem versus Máquina

      Li um dia desses uma frase do José Padilha que me chamou a atenção. Ele disse que fez do novo Robocop um filme próximo do que ele queria realmente fazer. De fato, adaptar-se à realidade dos filmes de Hollywood não deve ser tarefa fácil, já que, apesar dos orçamentos milionários, a pressão dos produtores e executivos dos estúdios deve ser algo ferrenho.

    Li também que ele fez um filme com alma brasileira. De fato há algumas passagens em Robocop que lembram os dois Tropa de Elite, principais filmes que ele dirigiu anteriormente e que abriram as portas de Hollywood pra ele.

    Refilmagem do clássico de 1987, Robocop se passa em um futuro não muito distante, no ano de 2028. Drones não tripulados e robôs criados pela empresa americana OmniCorp são usados para garantir a segurança mundo afora, mas o combate ao crime nos Estados Unidos não pode ser realizado por eles, uma vez que existe uma lei que os proíbe, apoiada pela maioria dos americanos.

    Tentando reverter a situação e lucrar ainda mais, claro, o dono da companhia, Raymond Sellars (Michael Keaton), decide criar um robô que tenha consciência humana. A oportunidade perfeita aparece quando o policial Alex Murphy (Joel Kinnaman) sofre um atentado, e fica entre a vida e a morte. Com a ajuda do Dr. Norton (Gary Oldman), e com autorização da família, ele será ligado à máquinas de última geração. Surge assim o Robocop.

    O problema é que, justamente por ter consciência humana, ele não é tão rápido e eficiente como os outros robôs. Numa tentativa de aprimorá-lo, suas doses de dopamina são diminuídas, o que faz com que ele fique mais robô que humano, chegando a desprezar a esposa e o filho. Eficiente no combate ao crime, ele ajuda a mudar os rumos da política norte-americana e a tal lei que proibia robôs nas ruas é revogada.

    Até que Alex assume o comando da situação e tenta desvendar o atentado que o vitimou, revelando a corrupção dentro da própria polícia. Numa tentativa de calá-lo, Sellars manda dar um fim nele. Mas com a ajuda do Dr. Norton, Robocop irá provar que, apesar de todo o aparato tecnológico, o homem ainda é capaz de dominar a máquina.

    O filme tem bons efeitos visuais e sonoros. Adoro o barulhinho quando o Robocop se movimenta ou quando ele usa os recursos disponíveis na sua incrível armadura, que ficou ainda mais bacana na cor preta. A trilha sonora também é legal, com direito até a Fly Me To The Moon, do Frank Sinatra.

    O resultado é positivo e tem tudo para ter uma continuação. Mesmo o filme apresentando uma grande crítica à sociedade americana. Corajoso esse Padilha...

    Abaixo você confere os trailers das duas versões:



quinta-feira, 6 de março de 2014

Minha entrevista no Giro nas Gerais

Na última semana tive o prazer de ser entrevistado pelo programa Giro nas Gerais, atração independente com veiculação no Youtube, que visa dar voz aos novos artistas que muitas vezes não possuem oportunidades de mostrar seu trabalho, assim como congratular os artistas/projetos renomados que passarem pela capital mineira.

Com direção/produção do músico e compositor Felipe Sodré, o programa atualmente é apresentado pela atriz Júnia Flor. Ambos estiveram nos estúdios da Inconfidência para fazerem a entrevista comigo. No bate-papo, falamos sobre o meu trabalho de jornalista (na rádio) e ator, tendo como foco o espetáculo "Adultérios e outras pequenas traições".

Dá só uma olhada como ficou:



Agradeço desde já a equipe do Giro nas Gerais pela oportunidade e desejo vida longa ao programa! Quem quiser entrar em contato com eles basta mandar um e-mail para gironasgerais@gmail.com ou acessar o canal no Youtube.

segunda-feira, 3 de março de 2014

Tudo que aconteceu no Oscar 2014


Aconteceu na noite deste domingo, dia 2 de março, diretamente do Dolby Theatre, em Los Angeles, Estados Unidos, a cerimônia de entrega do Oscar, a mais famosa premiação do cinema. Em sua 86ª edição, a festa foi comandada por Ellen Degeneres.

A primeira apresentadora da noite foi Anne Hathaway, que entregou o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante para Jared Leto, que vive um travesti em "Clube de Compras Dallas".

Jim Carrey, o "cara de borracha", foi o apresentador seguinte. O comediante fez algumas piadas e até imitou um dos indicados, o vovozinho Bruce Dern, de "Nebraska". Carrey apresentou um clipe com os maiores heróis de filmes de animação de todos os tempos.

Pharrel Williams fez o primeiro show da noite cantando Happy, uma das indicadas ao Oscar de Melhor Canção, por "Meu Malvado Favorito 2".

Samuel L. Jackson e Naomi Watts entregaram o Oscar de Melhor Figurino para "O Grande Gatsby" e o de Melhor Cabelo e Maquiagem para "Clube de Compras Dallas".

Na sequência, Harrisson Ford subiu ao palco para apresentar 3 dos filmes que concorriam à categoria principal: "Trapaça", "Clube de Compras Dallas" e "O Lobo de Wall Street".

Matthew McConaughay e Kim Novak entregaram os Oscars de Melhor Curta e Longa de Animação. Ganharam "Mr. Hublot" e "Frozen: Uma Aventura Congelante".

Sally Field apresentou um clipe com alguns filmes com heróis da vida real.

Emma Watson e Joseph Gordon-Levitt apresentaram o Oscar de Efeitos Visuais. Deu "Gravidade".

Mais show: Do filme "Ela", Karen O. foi apresentada por Zac Efron e cantou "The Moon Song".

Kate Hudson entregou os prêmios de Curta-metragem para "Helium" e Documentário de curta-metragem para "The Lady in Number 6: Music Saved My Life". Já Bradley Cooper entregou o de Documentário de Longa-Metragem para "A Um Passo do Estrelato", que conta a história de backing vocals que não conseguiram a tão almejada fama.

Kevin Spacey apresentou um vídeo com os vencedores de Oscars honorários: Steve Martin, Angela Lansbury, Piero Tosi e Angelina Jolie.

Viola Davis e Ewan McGregor entregaram o prêmio de filme em língua estrangeira. Venceu "A Grande Beleza", da Itália.

Mais uma compilação de outros três longas que competem ao Oscar de Melhor filme: "Nebraska", "Ela" e "Gravidade".

Música: Brad Pitt chamou o U2, que cantou "Ordinary Love" do filme "Mandela: Long Walk to Freedom".

Momento descontraído da noite: Ellen Degeneres se junta a uma série de astros na plateia para tirar uma foto no estilo "selfie"!

Charlize Theron e Chris Hemsworth entregaram o prêmio técnico de Mixagem de Som e Edição de Som. Ganhou "Gravidade" de novo. Nas duas categorias.

Cristophe Waltz entregou o concorrido Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante. Venceu Lupita Nyong'o, de "12 Anos de Escravidão".



Momento confuso: Ellen volta do intervalo e distribui pizza para os artistas!

Amy Adams e Bill Murray entregaram o Oscar de Melhor Fotografia: "Gravidade".

Anna Kendrick e Gabourey Sidibe (a "Preciosa"), por sua vez, entregaram o de Melhor Montagem, também para "Gravidade" ( o 5º da noite!).

Whoopi Goldberg comandou a homenagem aos 75 anos de "O Mágico de Oz", chamando ao palco a cantora Pink, que interpretou "Somewhere Over The Rainbow".

Ellen volta do intervalo vestida de fada (!) e chama ao palco Jennifer Garner e Bennedict Cumberbatch, que entregam o prêmio de Design de Produção (antiga Direção de Arte). Segundo prêmio da noite para "O Grande Gatsby".

Chris Evans, o Capitão América, anuncia mais um vídeo com outros heróis do cinema.

Glenn Close apresenta as homenagens póstumas. Hora de ver quem morreu no último ano... e foram muitas perdas, as mais recentes, por exemplo, de Shirley Temple, Paul Walker e Phillip Seymour-Hoffman. Bette Midler entra e canta.

A atriz Goldie Hawn apresenta os clipes dos três últimos filmes concorrentes à categoria principal: "Philomena", "Capitão Phillips" e "12 Anos de Escravidão".

John Travolta anunciou a cantora/atriz Idina Menzel, que cantou/berrou o tema de "Frozen", "Let It Go".



Jessica Biel e James Foxx entregaram o prêmio de melhor trilha. Venceu "Gravidade". E em seguida o de melhor canção. Levou o tema de "Frozen".

Robert DeNiro e Penelope Cruz anunciaram os indicados a Roteiro Adaptado. O vencedor foi John Ridley, de "12 Anos de Escravidão". E o de Roteiro Original foi para "Ela".

Três horas de cerimônia e ainda faltam 4 prêmios importantes... vamos lá! Tá quase acabando...

Angelina Jolie e Sidney Poitier apresentaram o prêmio de Melhor Diretor. Deu Alfonso Cuarón, por "Gravidade" (já são sete!)

Daniel Day-Lewis chamou ao palco Cate Blanchet, que levou pra casa o Oscar de Melhor Atriz, por "Blue Jasmine".

Jennifer Lawrence, por sua vez, apresentou o Oscar de Melhor Ator. Ganhou Matthew McConaughay por "Clube de Compras Dallas".



E, finalmente, o Oscar de Melhor Filme. A tarefa de anunciá-lo ficou a cargo de Will Smith. E o Oscar foi para "12 Anos de Escravidão"!

Vamos recapitular e conferir a lista completa de vencedores:

MELHOR ATOR COADJUVANTE: Jared Leto – Clube de Compras Dallas
MELHOR FIGURINO: O Grande Gatsby
MELHOR MAQUIAGEM E PENTEADO: Clube de Compras Dallas
MELHOR CURTA DE ANIMAÇÃO: Mr. Hublot
MELHOR ANIMAÇÃO: Frozen: Uma Aventura Congelante
MELHORES EFEITOS VISUAIS: Gravidade
MELHOR CURTA-METRAGEM: Helium
MELHOR DOCUMENTÁRIO CURTA-METRAGEM: The Lady in Number 6
MELHOR DOCUMENTÁRIO LONGA-METRAGEM: A Um Passo do Estrelato
MELHOR FILME ESTRANGEIRO: A Grande Beleza
MELHOR MIXAGEM DE SOM: Gravidade
MELHOR EDIÇÃO DE SOM: Gravidade
MELHOR ATRIZ COADJUVANTE: Lupita Nyong’o – 12 Anos de Escravidão
MELHOR FOTOGRAFIA: Gravidade
MELHOR MONTAGEM: Gravidade
MELHOR DESIGN DE PRODUÇÃO: O Grande Gatsby
MELHOR TRILHA SONORA: Gravidade
MELHOR MÚSICA ORIGINAL: Frozen: Uma Aventura Congelante (“Let It Go”)
MELHOR ROTEIRO ADAPTADO: 12 Anos de Escravidão
MELHOR ROTEIRO ORIGINAL: Ela
MELHOR DIRETOR: Alfonso Cuarón por Gravidade
MELHOR ATRIZ: Cate Blanchett – Blue Jasmine
MELHOR ATOR: Matthew McConaughay – Clube de Compras Dallas
MELHOR FILME: 12 Anos de Escravidão


Podemos dizer então que, em número de estatuetas, o grande vencedor da noite foi "Gravidade", com 7. Em seguida, "12 Anos de Escravidão" e "Clube de Compras Dallas" com 3. Empatados com duas, "O Grande Gatsby" e a animação "Frozen".

E assim foi o Oscar 2014!

sábado, 1 de março de 2014

Efeitos visuais salvam "Pompeia"

* Contém spoilers

Antes de começar a resenha propriamente dita, vai aqui uma breve explicação para quem perdeu ou não se lembrava das aulas de história: Pompeia foi uma cidade do Império Romano destruída durante uma grande erupção do vulcão Vesúvio no ano de 79 d.C. A intensa chuva de cinzas sepultou completamente a cidade, que se manteve oculta por 1600 anos, até ser reencontrada por acaso em 1748. Cinzas e lama protegeram as construções e objetos dos efeitos do tempo, moldando também os corpos das vítimas, o que fez com que fossem encontradas do modo exato como foram atingidas pela erupção. Desde então, as escavações proporcionaram um sítio arqueológico extraordinário, que possibilita uma visão detalhada na vida de uma cidade da Roma Antiga.

O diretor Paul S. W. Andersen resolveu recontar essa história no longa "Pompeia", em cartaz nos cinemas. E para isso recorreu também ao romance: Milo (Kit Harrington), um escravo que se torna gladiador, precisa salvar seu verdadeiro amor Cassia (Emily Browning), a bela filha de um comerciante rico que foi prometida ao corrupto senador romano Corvus (Kiefer Sutherland), em meio a destruição da cidade. Para isso, ele conta também com a ajuda do amigo Gladiador Atticus (Adewale Akinnuoye-Agbaje).

Se não fosse o fato do vulcão em erupção, "Pompeia" seria apenas mais um filme de gladiadores, com aquelas lutas coreografadas, sangue jorrando, etc. A saga de um homem, Milo, em busca de vingança contra o homem que dizimou sua família quando ele ainda era criança, no caso, o senador Corvus.



Apesar de estar em alta como um dos protagonistas da série "Game Of Thrones", Kit Harrington me pareceu um pouco inadequado para o papel. Mesmo seguindo uma dieta rica em proteínas e tendo ganhado 12 quilos de músculos, ele continua com cara de menino. E parece mais um modelo do que um ator. Mesmo ágil, é estranho vê-lo lutando ao mesmo tempo com vários caras com o dobro do tamanho dele e ele levando a melhor. O romance com a mocinha, esperando para ser salva das garras do grande vilão, nem chega a se desenvolver por completo e muitos críticos até insinuaram um "bromance" (um romance entre brothers, ou irmãos, como queiram) entre Milo e Atticus.

O ponto alto do filme é mesmo quando o vulcão acorda. É impressionante a qualidade dos efeitos visuais. Em poucos minutos a cidade é destruída e a população dizimada, num ritmo vertiginoso. Não adianta fugir: terremotos, tsunamis, bolas de fogo cuspidas pelo Vesúvio, pedaços de rocha que caem do céu, lava... e tudo fica ainda mais real pra quem assiste o filme em 3D.

Como eu disse lá no início do texto, muitos corpos das vítimas foram encontrados da mesma maneira em que morreram durante a erupção, mas achei piegas demais o filme terminar com as estátuas de Milo e Cassia se beijando. Ou você achava que eles sairiam ilesos dessa catástrofe?