segunda-feira, 28 de março de 2011

Música e artes plásticas no show de Ana Carolina em BH


A cantora e compositora Ana Carolina esteve em BH nesse fim de semana para dois shows da turnê Ensaio de Cores. A novidade foi que ela mostrou também seu talento como artista plástica, numa exposição com pinturas no foyer do Palácio das Artes.

Falando um pouco mais do show, ele foi curto, como costumam ser as apresentações da artista mineira: somente 1 hora e 15 minutos de duração. No palco, uma banda formada só por mulheres. No piano, Délia Fischer, uma das instrumentistas mais renomadas no Brasil, já tendo se apresentado em festivais de Jazz na Suíça, França e Alemanha.

No violoncello, Gretel Paganini, que com apenas 28 anos, já é reconhecidamente a nova revelação da música erudita. E na percussão e bateria, Lanlan, instrumentista arrojada, que já tocou com Marisa Monte e Cássia Eller e atualmente é integrante do grupo Moinho da Bahia.


CURTO, PORÉM INTENSO

O repertório do show começou com as novas Rai das Cores, de Caetano Veloso; As Telas e Elas, da própria Ana; e Alguém me Disse, de Jair Amorim e Evaldo Gouveia. O primeiro grande sucesso veio na sequência, Carvão.

Logo depois Ana fez uma bela interpretação para Todas Elas Juntas num Só Ser, canção de Lenine e Carlos Rennó que fala sobre as mulheres na MPB e seus compositores. A letra é ótima! Em seguida Ana deu roupagem nova à um dos sucessos de Djavan, Azul.

O show teve ainda a linda Violão, música de Sueli Costa e Paulo César Pinheiro que compara o instrumento de cordas ao corpo feminino. Ela também fez um pout-pourri com Feriado, de Chico César; O Amor É Rock, de Tom Zé; e Entre Tapas e Beijos, famosa na voz de Leandro e Leonardo. E não é que ficou bom?

Outros destaques foram Pra Tomar Três, dela e Edu Krieger; Cabide; Pra Rua me Levar; Força Estranha, de Caetano Veloso; Quem de Nós Dois; Eu Comi a Madonna; Garganta e É Isso Aí , única música do bis.

Senti falta de Uma Louca Tempestade e Elevador, mas...



PÚBLICO CATIVO

Se tem uma coisa que marca nos shows da Ana Carolina é o público. Em primeiro lugar, não sei se o Palácio das Artes é o melhor lugar pra um show dela. A acústica de lá é perfeita, mas dá vontade de ficar de pé e dançar, o que não tem jeito.

E como já é da praxe nos shows dela, o que mais se via na plateia eram casais gays (lésbicas, em sua maioria). E o povo não parava de gritar "Gostosa!", "Casa comigo?", "Eu te amo!" e outras coisas do gênero. Ana até brincava com isso, ainda mais porque tinha o lado que respondia a esses berros com "Shhhhhi", pedindo pro povo mais afoito calar a boca.

Bem, essas foram as minhas impressões do show. Quem quiser mais detalhes dessa turnê pode acessar o site www.ensaiodecoresac.com.br.

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