terça-feira, 8 de março de 2011

Prove também deste veneno


O filme baseado na vida da ex-garota de programa Bruna Surfistinha tinha tudo pra dar certo. E tem dado. Em apenas 10 dias em cartaz, já ultrapassou a marca de 1 milhão de espectadores.

A que se deve tudo isso? Na minha opinião, a soma Deborah Secco + história picante ajuda bastante. A gente sabe que sexo vende e atire a primeira pedra quem nunca teve um pingo de curiosidade em saber como foi a vida como prostituta de Raquel Pacheco, jovem da classe média paulistana que estudava num colégio tradicional da cidade e que decide virar garota de programa.

Foram cinco anos de trabalho, mas o diretor Marcus Baldini soube dosar bem os ingredientes ao adaptar para a telona o best seller O Doce Veneno do Escorpião, da própria Bruna Surfistinha. O livro mostra como ela se tornou a garota de programa mais famosa do Brasil, principalmente devido a um blog que criou na internet, onde dava nota para seus clientes.


A classificação indicativa do filme é 16 anos. A sessão que eu assisti estava cheia de adolescentes, ávidos por ver cenas "calientes". E elas de fato estão lá. Alguns podem achar o longa pesado demais, mas não é pra tanto. Incrível mesmo é ver como Raquel - ou Bruna - gostava do que fazia. Difícil pra ela não era transar com dezenas de caras num só dia; e sim conviver com uma família opressora ou tentar se adaptar à escola. A prostituição foi uma válvula de escape.

Quem assistir ao filme vai acompanhar a ascensão, apogeu e queda de Bruna. Ela ganhou muito dinheiro, mas também se afundou nas drogas. E teve que recomeçar do zero. Ao final do filme, fica a pergunta: Mas com quantos caras Bruna já se deitou? Milhares, meu caro leitor, milhares. Só nos seus 6 meses finais como garota de programa foram cerca de 800. E depois dizem que isso é ter vida fácil. Não mesmo.

Falando um pouco mais do filme, Deborah Secco está bem no papel. Ela é linda e tem um corpão, claro. Mas no quesito interpretação, ela vai se soltando aos poucos, assim como sua personagem. O elenco também conta com a sempre ótima Drica Morais, que vive a cafetina do primeiro prostíbulo que Bruna trabalhou. E eu destaco também o trabalho da atriz Fabíula Nascimento, que rouba a cena como a garota de programa Janine (preste bastante atenção na cena em que elas vão ao salão de beleza. É hilária!)



Bruna Surfistinha tem o mérito de ser um bom filme nacional que foge do tema favela/violência/nordeste. E só por isso já vale a pena ser visto.

2 comentários:

  1. Ei Pedro!
    Gostei bastante do filme e achei o trabalho da Débora, auxiliado por Sergio Penna, no mínimo, fantástico. É bem claro que a Débora que conheciamos, com todos os tregeitos, caras e bocas não é a mesma que vemos no filme.Um trabalho árduo que gerou um resultado muito bacana!
    O filme me deixou com vontade de ler o livro!rs
    Beijão e parabéns pelo blog!

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  2. Oi Michelle! Valeu pelo post! E posso saber pq vc ainda não está entre os meus seguidores? É só clicar ali na barra da direita, onde aparecem as fotinhas. Quero vc lá. Bjão!

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