segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Um filme para se emocionar


Eu já tinha ouvido falarem muito bem de A Partida quando ele esteve em cartaz nos cinemas de arte de BH. Mas na ocasião não tive oportunidade de assisti-lo. Até esse fim de semana. E hoje posso dizer, com todas as letras, que é um dos filmes mais bonitos que eu já vi em toda a minha vida!

Não conheço muito do cinema japonês e não me lembro dos seus concorrentes ao Oscar de melhor filme estrangeiro em 2009, mas o longa mereceu ter ganhado o prêmio. A Partida é de uma delicadeza absurda... emocionante, tocante, uma lição de vida e morte - sim, a morte é a temática central do filme.


A história é a seguinte: Daigo Kobayashi (Masahiro Motoki) trabalha como violoncelista numa orquestra, que logo é dissolvida devido à falta de público nos concertos. Sem ter condições de se sustentar, ele decide voltar com a sua esposa Mika (Ryoko Yoshiyuki) para sua cidade natal.

Em busca de emprego, ele se candidata a uma vaga bem remunerada sem saber qual será sua função. Após ser contratado, descobre que será assistente de um agente funerário, o que significa que terá que manipular pessoas mortas. Será um tanatopraxista pra ser mais exato.

De início Daigo tem nojo da situação e esconde o novo trabalho da esposa. Mas aos poucos ele passa a compreender melhor a tarefa de preparar o corpo de uma pessoa morta para que ela tenha uma despedida digna.


Daí você me pergunta: Como um filme com uma história dessas pode ser tão bom? Só assistindo pra ver!

O mais interessante é perceber como uma cultura tão diferente da nossa encara a morte. Independentemente da religião, o respeito com que a morte é tratada, a maneira como as cerimônias de velório são conduzidas, as consequências que elas trazem para aqueles que ficam, as discussões provocadas, enfim, tudo isso é abordado em A Partida. Soma-se a isso o drama pessoal de Daigo, abandonado pelo pai ainda criança e uma trilha sonora de arrepiar até o último fio de cabelo.

Um filmaço! E ponto.

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