quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012
Uma mulher de fibra
Eu gosto de ver biografias no cinema pois, por mais que a história seja romanceada, é sempre uma boa aula de história e a gente aprende alguma coisa.
Neste feriado eu assisti A Dama de Ferro, filme com duas indicações ao Oscar 2012: melhor maquiagem e melhor atriz, para Meryl Streep. Não preciso nem dizer que ela está estupenda no papel da ex-primeira-ministra da Inglaterra, Margareth Thatcher, né? É incrível o poder de transformação de Meryl. A cada novo papel, ela dá uma aula de interpretação - não é à toa que ela é recordista de indicações ao Oscar (17 no total). Em A Dama de Ferro, ela carrega o filme nas costas.
O longa traz uma Margareth já em decadência. Truques de maquiagem fizeram Meryl Streep ficar impressionantemente mais velha. Com traços de Alzheimer, Margareth se ocupa a cumprir agenda em jantares e outros eventos sociais, enquanto conversa com o marido já falecido. De forma não-linear, acompanhamos flashbacks de sua trajetória, desde quando era filha do quitandeiro até chegar à política, enfrentando o preconceito por ser a única mulher do meio.
Durante a recessão econômica causada pela crise do petróleo no fim da década de 70, a líder política tomou medidas impopulares, visando a recuperação do país. Seu grande teste, entretanto, foi quando o Reino Unido entrou em conflito com a Argentina na conhecida e polêmica Guerra das Malvinas.
O filme mostra todos esses momentos, até a sua derrocada no poder, em 1990. Interessante, a meu ver, é acompanhar a transformação de Margareth. Marqueteiros a ajudam a adotar uma postura mais firme, a melhorar a voz e os gestos, na tentativa de aumentar a força de sua imagem. Mesmo não sendo adorada por todos, é preciso reconhecer sua importância na história política inglesa e mundial.
A Dama de Ferro me lembrou filmes premiados como A Rainha e O Discurso do Rei. Não é o melhor filme do ano, mas vale a pena ser visto. Seja pela Meryl Streep, seja pra entender um pouco mais de umas das mulheres mais poderosas dás últimas décadas.
Postado por
Pedro Henrique Vieira - Jornalista, ator, cinéfilo, viciado em TV, música, internet e cultura pop em geral!
às
07:39
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