domingo, 24 de agosto de 2014

Santa tartaruga!


Criadas em 1984, nos quadrinhos, "As Tartarugas Ninja" ganharam popularidade com uma série animada que durou de 1987 até 1996 e que marcou a infância de muita gente, inclusive a minha. Foi muito legal vê-las na telona do cinema, nesta adaptação de Michael Bay que celebra os 30 anos das personagens. Mesmo o longa-metragem não sendo nenhum primor, é empolgante acompanhar as aventuras de Leonardo, Donatello, Rafael e Michelângelo, que saem diretamente dos esgotos para enfrentar o mal que assola Manhattan.

Vale lembrar que esta que está em cartaz não é a primeira adaptação da história das tartarugas para o cinema. Nos anos 90 houve uma trilogia que não obteve grande sucesso. Mas agora, sob a chancela de Bay (produtor de "Transformers") e direção de Jonathan Liebesman (de "Fúria de Titãs 2"), a série ganhou fôlego e o filme estreou em 1º lugar nas bilheterias dos Estados Unidos e do Brasil.

Na trama, a cidade de Nova Iorque está dominada por uma onda de crimes e violência protagonizada pelo chamado "Clã do Pé", comandado pelo vilão Destruidor. Assim, quatro irmãos tartarugas, frutos de uma experiência genética, batizados com nomes de grandes italianos da história, saem do esgoto onde vivem e começam a lutar contra esse terrível oponente.
Um flashback vai explicar direitinho a origem dos heróis, fique tranquilo. Para tal, contam com a ajuda da atraente repórter April O’Neil (Megan Fox).  Agora, a única coisa que liga Megan a April é o casaco amarelo, porque de resto, tirando a beleza descomunal da atriz, ela deixa muito a desejar no quesito "interpretação".


O novo visual das Tartarugas impressiona. Elas estão enormes, parrudas, com caras de maus... o bom é que mantiveram suas personalidades: Leonardo é o chefe e usa espadas; Donatello, o inteligente, tem um bastão como arma; Rafael é o durão e usa garfos (ou adaga-punhal); e Michelângelo, que manipula um tchaco, é o brincalhão do grupo. O rato Mestre Splinter também está lá, bem menor do que eles, mas sua figura é respeitada por todos. Me chamou a atenção o fato dele ter aprendido a lutar lendo um livro de artes marciais e depois ter ensinado isso aos seus discípulos! Hahahaha! E não faltam as fatias de pizza e o grito de guerra "Kawabanga"!

Achei o visual do Destruidor muito exagerado. Sua armadura robótica de samurai está apinhada de armas (parece aqueles canivetes suíços cheios de funções), e o pior, as espadas, depois de atiradas, voltam para o lugar de origem como ímãs! Faz-me rir! Faltaram antagonistas mais bem construídos, na minha opinião. Os capangas Beebop e Rocksteady não dão o ar da graça.

Os buracos nos roteiros são compensados por boas cenas de luta e efeitos visuais impressionantes. Algumas sequências são tão caóticas que mal dá pra entender o que está acontecendo, tipo a da avalanche. Mas no geral, "As Tartarugas Ninja" vai te dar 1h40 de diversão. A gente só espera que a continuação, que já está confirmada, seja um pouco melhor.

Abaixo, o trailer do filme:



E para os nostálgicos, a abertura do desenho que marcou uma geração:

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Quem Tem Medo de Virginia Woolf?

Chega a Belo Horizonte este fim de semana o espetáculo “Quem Tem Medo de Virginia Woolf?”, escrito em 1962 pelo norte-americano Edward Albee, considerado um dos mais importantes dramaturgos do teatro moderno. 

Essa é a quarta montagem da peça no Brasil, dessa vez com direção de Victor Garcia Peralta e com Zezé Polessa, Daniel Dantas, Ana Kutner e Erom Cordeiro no elenco. Com texto atual, após 51 anos desde sua estreia, o espetáculo mostra até onde podem ir as pessoas para manter seus relacionamentos.

No Brasil, Zezé Polessa já idealizava produzir essa montagem desde 2011, quando o diretor Victor Garcia Peralta sugeriu que ela interpretasse a instigante personagem Marta, criada por Albee. Depois de três anos, e com tradução elogiada e indicada a prêmios, o espetáculo consolida-se como um dos grandes sucessos dos palcos brasileiros, tendo passado pelo Rio de Janeiro e São Paulo.

O cenário criado por Gringo Cardia ambienta a casa de Jorge (Daniel Dantas) e Marta (Zezé Polessa), que recebem os jovens Nick (Erom Cordeiro) e Mel (Ana Kutner) para um drink após uma festa. São dois casais de diferentes idades, mas com questões em comum. Os anfitriões, casados há mais de 20 anos, vivem uma relação de amor e ódio, na qual um segredo parece unir e, ao mesmo tempo, transformar a vida de ambos em uma grande ilusão. Já os visitantes têm um relacionamento aparentemente perfeito, mas, quando envolvidos nos jogos mentais e sexuais do primeiro casal, deixam transparecer as mentiras que os cercam.

Marta surge como uma mulher debochada e perversa que tripudia sobre o marido, ressaltando suas fraquezas enquanto se insinua para Nick. As brigas começam a revelar o caráter dos personagens e a descortinar os segredos do casal mais jovem. A grande virada de Jorge se dá quando ele propõe aos visitantes uma sequência de jogos repletos de crueldade.

Nos textos de Albee nada é o que aparenta. Situações que começam aparentemente reais rapidamente entram na esfera da fantasia. Pela maestria com a qual Albee constrói seus personagens, a peça ganha dimensão universal, mesmo sendo ambientada no Campus de uma universidade americana, uma espécie de comunidade onde todos se conhecem.

SERVIÇO

“Quem tem medo de Virginia Woolf?”
Duração: 140 minutos / Recomendação: 14 anos / Gênero: drama
Dias 22 a 24 de agosto – sexta, às 21h; sábado, às 20h, e domingo, às 19h
Local: Cine Theatro Brasil Vallourec – Praça 7, S/N, Centro
Ingressos: Plateia I: R$ 60,00 / Plateia II (mezanino): 60,00/ Plateia II*: R$ 50,00 - Valor promocional limitado a 20% da capacidade da casa. Meia entrada válida para maiores de 60 anos e para estudantes devidamente identificados (conforme MP 2208/2001)
Informações: (31) 3201-5211

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Os prevaricadores voltaram

Vai começar mais uma temporada de “Adultérios e Outras Pequenas Traições”. São seis histórias picantes e engraçadas envolvendo amor, sexo e traição. O espetáculo está circulando em cidades de diversas regiões de Minas Gerais (Pará de Minas, Governador Valadares, Poços de Caldas, Teófilo Otoni, Itaúna, Pouso Alegre, Juiz de Fora, Uberaba, Diamantina, Ipatinga, Montes Claros e Varginha), mas agora é hora de dar uma pausa nas viagens e retornar à BH.

Em cena estão personagens e situações que nos remetem a realidades variadas - de uma família tradicional a relacionamentos pouco convencionais. São sempre casos de traição, apresentados de forma bem humorada e em flashes. A comédia da Cia da Farsa tem texto e direção de Sérgio Abritta. 

Os atores Alex Zanonn, Alexandre Toledo, Jacqueline Calazans, Marcus Labatti, Pedro Vieira e Sidneia Simões se revezam em vários papéis para abordar tramas que nem sempre são inspiradas em fatos concretos, mas tratam de situações possíveis. O cenário é de Elton Monteiro e figurino de Alexandre Colla; a luz é de Yuri Simon; maquiagem de Márcia Carvalho. A produção é da própria Cia da Farsa.

SERVIÇO

Comédia “Adultérios e Outras Pequenas Traições"
De15 a 24 de agosto de 2014
Sexta e sábado, 20h30 – domingo, 19 horas
Teatro da Cidade - Rua da Bahia, 1.341
Texto e direção: Sérgio Abritta
Classificação indicativa: 16 anos
Ingressos: R$ 30 a inteira e R$ 15 a meia (na bilheteria do Teatro) e R$ 12 nos postos do Sinparc

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Grupo ImproColetivo comemora 3 anos e apresenta novos integrantes

Subir ao palco sem saber o que fazer. A situação, que pode parecer bastante assustadora pra uns, faz parte da rotina de quem pratica o teatro de improvisação. A “Impro”, como é carinhosamente chamada por aqueles que gostam dessa arte, é o mote do espetáculo “Coletivo da Improvisação”, do grupo ImproColetivo, que completa 3 anos em agosto.

Para celebrar a data, o ImproColetivo – que é formado por Bárbara Lima, Eugênio Macêdo, Janio Fonseca e Pedro Vieira – apresenta dois novos reforços: Sérgio Di Napoli e Chris Costa, que entraram para o grupo logo após a realização do 2º Campeonato Mineiro de Impro (quando o ImproColetivo garantiu a medalha de bronze).

“Eles chegam para somar”, garante Bárbara, que teve a chance de improvisar com o “Impromation”, então grupo de Chris e Sérgio, durante o campeonato. “Eles foram eliminados na 1ª fase, mas como a Impro é uma troca e a gente sempre aprende um com o outro, resolvemos chamá-los para entrar para o ImproColetivo. Que bom que eles aceitaram!”, comemora.

Apesar de todos terem outras profissões (Janio e Pedro são jornalistas; Eugênio é historiador; Bárbara é professora de teatro; Chris é fisioterapeuta e Sérgio Di Napoli é cantor), todos se encantaram pela impro desde a primeira vez que assistiram a um espetáculo do tipo.

Segundo Pedro Vieira, o público que gosta de conferir apresentações de Stand Up Comedy muitas vezes acompanha uma mesma piada de uma semana pra outra. “Na improvisação é diferente, já que é a plateia que sugere os temas segundos antes. Uma apresentação nunca é igual à outra”, compara.

É hora de celebrar!

A primeira vez que o ImproColetivo se apresentou foi em 2011 na Matriz Casa Cultural, quando ficou quase dois meses em cartaz, sempre nas noites de segunda-feira. Depois disso foram realizadas temporadas na OSS Umami Lounge (antiga casa noturna na região da Savassi), Circuito do Humor (Teatro Izabela Hendrix), Festival Escambo (Sabará) e Festival de Teatro Abobrinhas (Contagem), além de faculdades e empresas.

No “Coletivo da Improvisação”, nome dado ao espetáculo que volta em cartaz, tudo é espontâneo. As cenas são criadas na hora, sem ensaio prévio, com títulos sugeridos pelo público. A partir daí, tudo pode acontecer: boas histórias, espontaneidade e diversão ao vivo.

Entre os desafios propostos estão alguns preferidos pelo público como o “Jogo do Troca”, “Jogo do Quadrado” e “Contra o relógio”. “Nos inspiramos em grupos de sucesso, tais como a Uma Companhia e Os Barbixas, mas procuramos dar a nossa cara ao espetáculo. O desafio é a nossa adrenalina!”, diz Eugênio Macêdo.

Convidado Especial

Na curta temporada que o grupo faz na Associação Crepúsculo, haverá também a participação mais que especial do ator pernambucano Evilásio Andrade, do “Embromation”, grupo de Improvisação de Recife que já participou do programa “Tudo é Possível”, da TV Record.

O ator, que está de passagem por BH, tem treinado com o grupo aos sábados. Mas como ele mesmo diz, “Treino é treino, jogo é jogo. O que a gente faz é praticar o formato de alguns jogos, mas como os temas das cenas só serão dados pela platéia no dia, é tudo muito imprevisível”.

SERVIÇO

Espetáculo “Coletivo da Improvisação” do grupo ImproColetivo
Quando: De 8 a 10 de Agosto de 2014
(Sexta e Sábado às 21h e Domingo às 19h)
Local: Associação Crepúsculo – Rua Sertões, 147 – Prado
Valor: R$ 12 a inteira / R$ 6 a meia
Informações: facebook.com/improcoletivo ou twitter.com/improcoletivo