domingo, 29 de março de 2015

Glee: o fim

Ontem eu assisti o último episódio de Glee, série que eu acompanho desde 2010 (o programa estreou em 2009). Na época eu ainda estava no curso de teatro da PUC-MG e me interessava pelo teatro musical - cheguei até a me matricular no Teen Broadway, um workshop para atores que trabalhava noções de canto e dança.

Mas, voltando a falar de Glee, o que mais me chamou a atenção na série foram mesmo os números musicais. OK, a história era cativante. Acompanhar um grupo de "losers" (perdedores), vítimas de bullying, que se juntam num clube de coral da escola e ver como suas vidas se transformam a partir dali foi bem legal.

Tudo bem que algumas vezes as situações que aconteciam eram completamente nonsenses e a série foi se perdendo ao longo dos anos. Mas o criador, Ryan Murphy, foi muito feliz ao abordar questões como sexualidade, preconceito, religiosidade e outros assuntos polêmicos de um modo que atingia diretamente o seu público alvo, os jovens. E encaixar canções pop, interpretadas pelos talentosos atores/cantores, de maneira que elas se integravam perfeitamente aos episódios, foi o grande trunfo de Glee.

Ao longo de todos esses anos, o público riu, se divertiu, se emocionou e chorou com o seriado. A morte precoce do ator Corey Monteith, que vivia Finn Hudson, provocou mudanças profundas na história. Em seu auge, Glee ganhou dois Globos de Ouro na categoria de Melhor Série de Comédia ou Musical e Jane Lynch, a impagável Sue Sylvester, levou pra casa o Emmy de melhor atriz. Sem contar as inúmeras participações especiais de artistas de renome ao longo das seis temporadas, como Gwyneth Paltrow, Kate Hudson e Sarah Jessica Parker.

Mas o meu objetivo neste post é falar da música de Glee. Foram tantas canções inesquecíveis cantadas nesses últimos seis anos que fica difícil eleger as minhas favoritas. Mas resolvi criar um Top 10 com algumas que ficaram na minha memória:

# 01 - Don't Stop Believing




Don't Stop Believing, do Journey, acabou se tornando o hino de Glee. Realmente vem bem a calhar com a série, que pregou o tempo todo que nunca devemos parar de acreditar e desistir dos nossos sonhos.
 

# 02 - Somebody To Love



Essa versão de Somebody To Love, do Queen, é a minha preferida.

# 03 - Teenage Dream



Os arranjos de Teenage Dream, da Katy Perry, ficaram ótimos nessa versão cantada pelo Blaine e os Rouxinóis.

# 04 - Like a Virgin




Esse foi um momento importante da série, quando três casais iriam ter a sua "primeira vez". Claro que a trilha tinha que ser da Madonna!



# 05 - Defying Gravity



Neste episódio Rachel e Kurt competiam pra ver quem cantava melhor Defying Gravity, só que ele desafina no final. Essa música virou hit na época e até voltou para as paradas norte-americanas, assim como tantas outras cantadas durante o seriado.

# 06 - I'll Stand By You




Aqui o personagem Finn canta I'll Stand By You para o seu suposto filho que ia nascer. Um belo momento de Corey Monteith, que morreu de overdose no meio da série e deixou um enorme vazio entre os fãs de Glee.

# 07 - Take On Me



Essa é mais recente. O que chama a atenção foi todo o trabalho de recriar o clipe original de Take On me, sucesso do A-Ha.

# 08 - Wrecking Ball




Vou deixar registrado aqui uma canção com a Marley (Melissa Benoist) que apareceu a partir da 4ª temporada e sumiu depois, junto com outros tantos atores... uma pena, já que ela é linda e canta muito!

# 09 - Wannabe



Essa foi a primeira vez que cantaram Spice Girls no seriado, por isso vale o registro nesse Top 10.

# 10 - To Sir, With Love




Pra fechar, uma homenagem ao grande professor do Glee Club, Mr. Shue: essa versão de To Sir, With Love... ou seja, Ao Mestre, com Carinho!

sexta-feira, 27 de março de 2015

It's only Rock'n Roll but I like It

Depois do sucesso nas duas primeira edições, a mostra Cinema e Rock’n Roll volta ao Cine Humberto Mauro, de 27 de março a 9 de abril. São 14 dias de exibições com filmes cujas temáticas permeiam o universo musical, cultural e estético de diferentes gerações do rock.

Com a curadoria de Bruno Hilário e Philipe Ratton, a mostra exibe obras como O lixo e a fúria, de Julien Temple, retratando a história dos Sex Pistols e do movimento punk na Inglaterra dos anos 70. Além disso, estão na programação documentários como Um filme sobre Jimi Hendrix, de Joe Boyd e Ziggy Stardust and the Spiders from Mars, de D.A. Pennebaker, sobre David Bowie.

Alguns dos filmes da mostra escolhem um caminho diferente: apropriam-se da música para criar uma narrativa ficcional, como é o caso de Tommy, de Ken Russell, baseado no disco homônimo da banda britânica The Who. Todas as sessões são gratuitas.

Outras informações pelo telefone (31) 3236-7400 ou pelo site www.fcs.mg.gov.br

quinta-feira, 19 de março de 2015

ZAZ lança “PARIS” em BH


A cantora francesa de 34 anos volta ao Brasil este mês para lançar seu terceiro disco, "Paris", uma bela homenagem à cidade luz, que traz duos com Charles Aznavour, Thomas Dutronc e Nikki Yanofsky, e ainda a colaboração do lendário produtor Quincy Jones. Além das novas composições, ZAZ apresentará também sucessos como Je Veux, música que caiu no gosto do público em 2010, lançando-a mundialmente.

Assim como no ano passado, a turnê da cantora marca a semana da Francofonia no Brasil, com shows em cinco cidades: em Belo Horizonte a apresentação será no Music Hall, dia 28. O jovem cantor e compositor suíço Bastian Baker, prêmio revelação em 2012 no seu país, abre as apresentações da francesa ZAZ, realizando sua primeira incursão pelo país com o show de seu segundo álbum, "Too Old To Die Young".

Ao longo dos últimos quatro anos, ZAZ tem sido uma das artistas que mais comercializou discos em todo o mundo. Seus dois primeiros álbuns venderam mais de três milhões de cópias em mais de 50 países, indo do Chile ao Egito, da Alemanha à China. No último ano, a cantora cumpriu uma intensa agenda de shows com o disco "Recto Verso" (2013), esgotando ingressos em apresentações pelo mundo. No Brasil, ZAZ lotou plateias por onde passou. Agora, a artista volta à estrada com seu disco em homenagem à cidade luz, "Paris sera toujours Paris".



SERVIÇO

ZAZ em Belo Horizonte
Data: 28 de março de 2013
Local: Music Hall
End.: Avenida do Contorno, 3239 - Santa Efigênia
Horário: a partir das 21h
Classificação: 16
Capacidade: 2.000
Ingressos:
1º lote: Esgotado
2º lote: de R$ 55 a R$ 180
Venda online : https://www.sympla.com.br
 

terça-feira, 17 de março de 2015

A história da Rainha do Rock em BH


Após temporada de sucesso em São Paulo, o musical "Rita Lee Mora ao Lado" chega a Belo Horizonte. O texto de Paulo Rogério Lopes, Márcio Macena e Débora Dubois é uma adaptação teatral do livro “Rita Lee Mora ao Lado – Uma Biografia Alucinada da Rainha do Rock”, do escritor Henrique Bartsch.

Ruiva e ostentando a famosa franjinha da cantora, Mel Lisboa cantará clássicos como "Agora Só Falta Você", "Saúde", "Banho de Espuma", "Caso Sério", "Menino Bonito", "Panis et Circensis", "Ando Meio Desligado", entre outros. 


São ao todo 39 canções no espetáculo – incluindo também músicas de artistas que de alguma forma integraram e marcaram a vida de Lee, como Beatles, Ray Charles, Tim Maia, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Ney Matogrosso, Elis Regina, Gal Costa e muitos outros.

“Rita Lee Mora ao Lado” é repleta de canções que marcaram os trabalhos de Rita em formações como Teenager Singers, Tutti Frutti e Mutantes, além de sua carreira solo e as parcerias com Roberto de Carvalho.

Serviço

Rita Lee Mora Ao Lado – O Musical
Quando: 28 e 29 de março de 2015.
Horários: sábado às 18h e 21h e domingo às 20h.
Onde: Cine Theatro Brasil Vallourec.
Endereço: Praça Sete - Centro - Belo Horizonte
Quanto: 

1º Lote:
Plateia I - R$120,00
Plateia II = R$100,00
2º Lote:
Plateia I - R$130,00
Plateia II = R$110,00
No dia do Espetáculo na Bilheteria do teatro:
Plateia I e II: R$140,00

segunda-feira, 16 de março de 2015

O amor dos tempos em que não havia internet

O amor é atemporal. E o primeiro amor, aquele que chega quando se está na adolescência, é o mais forte, que fica na lembrança até a velhice. Este é o tema da comédia romântica “Conto de Verão”, de Domingos Oliveira e direção de Bia Oliveira, que se passa numa época onde ainda não havia internet. 

Os atores Felipe Simas, João Vithor Oliveira, Júlia Oristanio e Ana Vitória Bastos estão no elenco da peça, que será encenada no Teatro Bradesco, no dia 22 de março, domingo, às 18h e às 20h. Os ingressos custam R$ 70 a inteira.

João Vithor Oliveira e Felipe Simas são atores globais e ídolos teen. O primeiro esteve no elenco de Boogie Oogie, e o segundo é membro da família de atores e capoeiristas. Felipe está no elenco da novela adolescente Malhação no papel do vilão Cobra.

Na trama, o nerd Ângelo é o amigo inseparável do garanhão Narciso. É a fidelidade de Ângelo que ajuda Narciso a estudar quando ele fica em recuperação. E a esperteza de Narciso que ajuda Ângelo a se aproximar das meninas. A certinha Clara detesta confusão, é muito tímida e não desgruda da descolada amiga Barbara. Da relação inusitada resulta uma amizade sincera.

Juntos, eles mergulham em busca de aventuras e descobertas, num simples encontro de amigos que irá mudar suas vidas. E é nesse universo de situações do cotidiano que o autor transforma as palavras em poesia, em expressões que nos remete a um verão inesquecível. 

terça-feira, 10 de março de 2015

Dobradinha de bandas gringas em BH


Antes de chegar a São Paulo para se apresentar no Lollapalooza Brasil 2015, as bandas Foster The People e Bastille desembarcam em Belo Horizonte para performances exclusivas no Chevrolet Hall, no dia 25 de março.

Foster the People

Fundado por Foster em Los Angeles, em 2009, o grupo alcançou o sucesso com o lançamento de seu álbum de estreia, Torches, em 2011. O disco tem o hit “Pumped Up Kicks” e também outros singles que tiveram bons desempenhos nas paradas, tais como “Don’t Stop (Color On The Walls)”, “Houdini” e “Helena Beat”. Foster the People recebeu três indicações para o Grammy.



O álbum seguinte do Foster the People, Supermodel, foi lançado em 18 de março de 2014. A banda saiu em turnê mundial para promover o CD, que apresenta os singles “Coming of Age,” “Best Friend,” e “Are You What You Want To Be?”.

Bastille

A palavra Bastille traz à mente revolução, mudança do velho pelo espírito do novo. Quando o cantor e compositor Dan Smith chamou sua banda de Bastille, ele estava apenas pensando em seu aniversário, 14 de julho, Dia da Tomada de Bastilha na França.

O single 'Pompeii' passou a se tornar a segunda faixa mais ouvida de 2013, logo atrás de 'Get Lucky', do Daft Punk, e até agora detém o recorde como música com o maior número de semanas no número 1 do Official Streaming Chart.



O álbum Bad Blood, lançado em seguida, chegou ao número 1 da parada e logo alcançou o status de disco de platina no Reino Unido. O álbum mais baixado de 2013, e o segundo mais ouvido online, vendeu mais de 2 milhões de cópias em todo o mundo desde então.

SERVIÇO:

BASTILLE E FOSTER THE PEOPLE
Data: 25 de março de 2015 – quarta-feira
Horário: 21h30
Local: Chevrolet Hall – Belo Horizonte (MG)
Av. Nossa Senhora do Carmo, 230 – São Pedro
Capacidade: 5.000 pessoas
Ingressos: de R$90 a R$ 260
Classificação etária: De 10 a 15 anos permitida a entrada acompanhado de responsável. A partir de 16 anos é permitida a entrada desacompanhado.
Abertura da casa: 1h30 antes do espetáculo
Pela Internet: www.ticketsforfun.com.br
(entrega em domicílio - taxas de conveniência e de entrega)

segunda-feira, 9 de março de 2015

A dor do esquecimento

 
Sempre achei incrível a versatilidade da atriz Julianne Moore. Sua intensa filmografia tem desde blockbusters ("Jogos Vorazes"), até filmes de terror (Carrie, a Estranha) e ação ("Sem Escalas"). E em todos eles ela esbanja talento.

Ano passado ela estrelou "Para Sempre Alice", longa-metragem que injustamente só chegou ao Brasil agora, depois do Oscar. Estava curioso para vê-la no papel pelo qual ela ganhou o principal prêmio do cinema mundial na categoria de Melhor Atriz.

O trailer já era bem tocante. Moore interpreta a Dra. Alice Howland, uma renomada professora de linguística. Aos poucos, ela começa a esquecer certas palavras e a se perder pelas ruas de Manhattan, cidade onde mora. Ao procurar um médico, ela é diagnosticada com um raro tipo de Alzheimer precoce.

Em pouco mais de uma hora e meia, vamos acompanhando como a doença pode ser devastadora, não apenas pra ela mas também para toda a família, incluindo o marido e os três filhos. O destaque fica para Kristen Stewart, que interpreta a filha mais nova de Alice. A que tinha mais problemas com a mãe será justamente a que mais irá se reaproximar dela. Kristen está muito bem no papel e merecia até uma indicação ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante, na minha opinião. Mas talvez a imagem dela ainda esteja muito atrelada à Bella, da saga Crepúsculo.

Drama tocante, "Para Sempre Alice" é um daqueles filmes que nos fazem sair do cinema bastante reflexivos. Diria até mesmo melancólicos. "E se fosse comigo?" - a gente pensa. "E se fosse com alguém da minha família?" Em determinado momento, Alice chega a dizer que preferia ter câncer do que Alzheimer. Realmente a doença degenerativa é muito triste e muitos ainda não sabem como lidar com ela. Um dos momentos mais tensos do filme é quando ela grava um vídeo para si mesmo ensinando como ela deveria se suicidar, caso estivesse num estágio avançado da doença.

Li outro dia que a atriz Julia Roberts recusou o papel de Alice. Ela deve estar se mordendo de arrependimento uma hora dessas. Bom para a Juliane Moore, que merece todo o nosso reconhecimento por mais esse surpreendente papel.



domingo, 1 de março de 2015

Vai um tapinha aí?

Não, eu não li os livros da trilogia "50 Tons de Cinza". Mas, movido pela curiosidade, resolvi assistir a adaptação para o cinema deste best-seller que tem dado o que falar e que mudou a maneira como muitas pessoas - mulheres, principalmente - passaram a falar de sexo.

Claro que existem outros filmes polêmicos e picantes que também marcaram época: "Último Tango em Paris" (1972), "Império dos Sentidos"(1976), "9 1/2 Semanas de Amor" (1986) e "De Olhos Bem Fechados" (1999), só pra citar alguns, mas é impressionante como "50 Tons de Cinza" tem atingido o público de uma maneira arrebatadora - já são mais de 3 milhões de espectadores no Brasil, número que não para de subir. E em 10 dias apenas ele já arrecadou mais de US$ 400 milhões mundo afora.

O frissom causado na mulherada é algo bom e ruim ao mesmo tempo. Bom porque parece que ele rompeu uma barreira que muitas delas poderiam ter em relação ao sexo. Seja no trabalho, na academia ou no buteco mais próximo, lá estão elas comentando sobre o longa-metragem, trocando experiências, revelando segredos e mais dispostas a encarar o sexo de maneira natural.

Ruim porque muitas vão acabar comparando os seus parceiros com o tal do Christian Grey, um jovem bilionário e bonitão adepto do sadomasoquismo. Se solteiras, podem idealizar ainda mais a procura pelo homem perfeito - o que não existe. E aí, meu caro, pobre de nós... mas fiquem tranquilos: a maioria das mulheres é madura o suficiente e sabe separar a ficção da realidade. Pelo menos eu acho.



A história gira em torno de Anastasia Steele (Dakota Johnson), uma estudante de literatura de 21 anos, recatada e virgem. Uma dia ela entrevista para o jornal da faculdade o poderoso magnata Christian Grey (Jamie Dornan). Nasce daí uma complexa relação amorosa e sexual, em que ela terá contato com a prática do sadomasoquismo.

O filme não é ruim, mas também não é nenhum primor. Durante duas horas acompanhamos os dilemas da jovem, que se vê entre a cruz e a espada. Apaixonada por Grey, ela precisa assinar um contrato em que aceita ser o objeto das práticas do sádico rapaz. As cenas são fortes? Nem tanto. Há cenas de nudez, claro, mas o sexo é daquele tipo encenado. Não espere um filme pornô. Quem leu o livro reclamou até que o longa pegou leve demais, que ela apanha bem mais do que foi mostrado na tela grande. Alguns diálogos são até bem toscos e provocam risadas do público.

A bela Dakota Johnson (filha da veterana atriz Melanie Griffith) faz bem o papel da jovem ingênua, sempre mordendo os lábios. Apesar de Grey ser o dominador, achei que muitas vezes ela é que o tem na mão. Não achei Jamie Dornan um canastrão, como dizem. O personagem dele é mais sério mesmo, com segredos a guardar, o que justifica uma interpretação mais comedida e aquela cara meio blasé o tempo todo. Ele é boa pinta. Fato. E se veste muito bem, com ternos impecáveis (queria um daqueles pra mim, rs).

A trilha sonora é outro caso à parte. Fantástica! Além de "Crazy in Love", da Beyoncé, repaginada, tem ainda Sia, Rolling Stones, Ellie Goulding e Annie Lennox. Não deixe de ouvir.





"50 Tons Mais Escuros" e "50 Tons de Liberdade", a 2ª e 3ª partes da trilogia, estão garantidas e devem estrear em 2017 e 2018, respectivamente. E ao que tudo indica com o mesmo elenco.