quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

IMAX em BH: Super tela com som e imagem de altíssima definição

 
A Rede CINEART e o Boulevard Shopping inauguram no dia 18 de dezembro a primeira sala IMAX (Imagem Maximum) de Minas Gerais, que vai permitir aos expectadores a experiência cinematográfica mais imersiva do mundo.

A sala 6 do Multiplex, de 250 lugares, foi completamente customizada para receber a nova tecnologia. A abertura ocorre com o lançamento de um dos filmes mais esperados do ano, Star Wars: O Despertar da Força, que será exibido em IMAX 3D.

O diretor J. J. Abrams trabalhou com a equipe da IMAX para fazer as principais seqüências do filme utilizando as câmeras IMAX - que são as de maior resolução do mundo, além de alinharem o som. O diferencial é a expansão vertical, que preenche a tela inteira, a qualidade de imagem cristalina e o áudio digital, que permite uma experiência verdadeiramente envolvente, que faz o público se sentir como se estivesse no filme.

IMAX em Minas Gerais

A Rede CINEART e o Boulevard Shopping são parceiros na inauguração da sala IMAX e juntas investiram 1,5 milhão de dólares. Com 211m² a super tela garante som e imagem em altíssima definição, com resolução 4K. Entre os investimentos para inauguração da sala está o projeto arquitetônico desenvolvido pela equipe canadense da IMAX em parceria com a arquiteta mineira Marina Dubal. Todo o equipamento utilizado é exclusivo da marca IMAX, incluindo audiovisual, projetores, tela gigante e poltronas.

A IMAX oferece um filme completamente diferente: tudo, desde o própria tecnologia do filme à arquitetura da sala, foi desenvolvido e customizado para fazer o expectador acreditar que é parte da ação. IMAX trabalha diretamente com cineastas para aprimorar o filme utilizando o seu processo Digital Re-Mastering®, que oferece excelente qualidade de imagem e som. 


Através do sistema de projeção state-of-the art da IMAX, as imagens resultantes são tão realistas e cristalina que a pessoa esquece que você está em um cinema. A IMAX agarra seus sentidos. O público não apenas escuta o potente sistema de som; mas sente tudo ao seu redor. Visualmente, não há nenhum quadro. A arquitetura da sala IMAX cria uma imagem que é maior, mais larga e mais perto - preenchendo toda a visão periférica. Não é um item que torna a experiência IMAX, mas uma combinação de todos estes elementos. Essa é a diferença entre ver um filme e ser parte de um.

A Sala Cineart IMAX fica no Shopping Boulevard – Av. Andradas, 3000, Santa Efigênia. Outras informações pelo site www.boulevardshopping.com.br ou no telefone (31) 2538.7438/7439

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Criador e criatura

Hoje eu vou falar de "Victor Frankenstein", filme que, apesar de levar o nome do médico criador de um dos monstros mais famosos do cinema, é centrado na figura de Igor, ajudante dele. 

O longa, dirigido por Paul McGuigan, começa muito bem, por sinal. Nos primeiros minutos mergulhamos num universo circense, onde vive o palhaço corcunda interpretado por Daniel Radcliffe. Ele prova mais uma vez que é um excelente ator e dá vida a um personagem bem diferente do Harry Potter que nos acostumamos a ver.

Tudo é muito bonito nessa Londres de antigamente: a fotografia, a direção de arte... os corpos são mostrados como nos livros de anatomia, através de gráficos e esquemas, uma das paixões do jovem corcunda, sempre maltratado pelos colegas.

Numa das apresentações, a bela Lorelei (Jessica Brown Findlay), paixão platônica do personagem ainda sem nome, cai do trapézio. O corcunda consegue salvar a vida dela juntamente com Victor Frankenstein, um dos espectadores do show naquele dia. Nascia ali uma bela amizade.

Impressionado com o feito, Victor resgata o corcunda do circo e o leva para a sua própria casa. Lá ele lhe dá um nome, Igor, e também uma vida que ele jamais sonhara. Mas tudo isso tem um preço. O cientista precisará de ajuda para atingir o grande objetivo de sua vida: criar vida após a morte.

A partir daí somos apresentados às tentativas - muitas vezes frustradas - de Victor em costurar pedaços de corpos de animais e fazê-los reviver com uma forte descarga elétrica. É como se fosse o protótipo do Frankenstein como o conhecemos. E o conhecimento de Igor em "ligar" essas partes se torna imprescindível. Ao mesmo tempo em que é procurado pela polícia, Victor busca financiamento para colocar em prática seu audacioso plano, desta vez tentando ressuscitar um "ser humano".

Um dos pontos altos de "Victor Frankenstein" é a interpretação de James McAvoy como o cientista que dá nome ao filme. Completamente obcecado, ele alterna com primor momentos de lucidez e loucura. Como a história é narrada pelo ponto de vista de Igor, dá pra perceber como é intensa a transformação do seu mestre. E caberá a ele tomar uma importante decisão: desafiar as leis de Deus e ajudar o homem que lhe proporcionou uma nova vida ou viver uma história de amor com Lorelei?

Você deve estar se perguntando: e o monstro Frankenstein, aparece ou não? Sim, ele está lá, grande, feio, com a cabeça quadrada... O destino dele? Só assistindo pra saber. Até me surpreendi com o final, pra ser sincero.

O filme, apesar de não ser um terror clássico, nos ajuda a conhecer a história do homem por trás do monstro. Mesmo não sendo 100% fiel à obra literária de Mary Shelley, é uma boa diversão.


terça-feira, 17 de novembro de 2015

Única apresentação de Universo Casuo em BH

Dos palcos do Cirque Du Soleil para BH. Em única apresentação, o “Universo Casuo” vai colorir o Chevrolet Hall, no próximo domingo, dia 22 de novembro, às 18 horas, com a beleza e sofisticação dos grandes circos internacionais. Criada há quatro anos por Marcos Casuo, que foi protagonista do espetáculo “Alegria”, da companhia canadense, a montagem brasileira une acrobacia, dança, circo, humor, música ao vivo, poesia clown e efeitos especiais. O show já foi assistido por mais de 2 milhões pessoas em todo o Brasil. 

O palhaço mais conhecido no mundo encanta com um show repleto de cores, movimentos e design extravagante, com uso de efeitos luminosos e sonoros e técnicas especiais. Com trilha musical exclusiva, criada por Charlie Dennard, músico, compositor e band líder do famoso circo canadense, o espetáculo resgata a alegria e os sonhos dos espectadores. Além disso, conta com figurinos e maquiagem elaborados especialmente para as performances, utilizando materiais e recursos de alta tecnologia, música ao vivo, enredo próprio e acrobacias de tirar o fôlego.

O “Universo Casuo” utiliza a mesma forma lúdica dos circos internacionais, artistas de altíssimo nível como equilibristas, malabaristas, músicos, performances e a poesia do clown responsável pelo enredo da história. O show foi desenvolvido por Casuo após anos de pesquisa em suas viagens ao redor do mundo com o espetáculo “Alegria”:

O figurino do espetáculo é de encher os olhos. Feito a mão, foi pintado com as cores da cromoterapia, nos tons infinitos do Universo que é vasto e rico em degrades, brilho, cores e principalmente luz. Já o do protagonista, que tem um toque a mais, é assinado por Chico Spinoza, conceituado figurinista e carnavalesco de imenso talento que já mostrou seu trabalho nas melhores escolas de samba de São Paulo e do Rio de Janeiro.

O espetáculo conta a história de um universo paralelo, o “Universo Casuo”, através do gramelô, língua oficial desse planeta multicolorido, um lugar diferente, onde tudo é possível. Nele, o personagem denominado Jean Francua, o Clown, percebe que a Terra, o Planeta Azul, que antigamente esbanjava cores, hoje está desbotada e quase sem cor. O palhaço resolve atravessar o portal e entrar no nosso mundo, para trazer de volta os sonhos, as fantasias e, assim, torná-lo novamente colorido.

Serviço

Universo Casuo
Dia: 22 de novembro
Horário: 18h
Classificação: Livre
Local: Chevrolet Hall (Avenida Nossa Senhora de Fátima, 230 – Savassi)
Ingressos:
Área Diamante - R$ 240,00 (inteira) e R$ 120,00 (meia-entrada)
Área Ouro - R$ 160,00 (inteira) e R$ 80,00 (meia)
Arquibancada (1º Lote) – R$ 100,00 (inteira) e R$ 50,00 (meia)
Mais informações: 4003-5588.

domingo, 15 de novembro de 2015

Ambição desumana

Confesso que o que me levou a assistir "A floresta que se move" foi o fato dele marcar o retorno da atriz Ana Paula Arosio aos cinemas.

Como todos devem saber, a estrela da TV, uma das mais belas da nossa teledramaturgia, afastada da telinha desde 2010, resolveu abandonar a carreira artística e viver uma vida sossegada no campo. Até agora.

No novo longa-metragem do diretor Vinícius Coimbra, Arosio vive a ambiciosa Clara, esposa de Elias, papel de Gabriel Braga Nunes. Ele é um bem sucedido empresário de um banco, que vê seu destino mudar no momento em que encontra uma misteriosa bordadeira que se diz vidente. Ela afirma que, naquele dia, ele se tornará vice-presidente e que, no dia seguinte, seria presidente do banco.

As coisas começam a acontecer como previsto, para surpresa dele e do amigo César (Ângelo Antônio). Quando ele conta a história para a esposa, ela sugere que o casal convide Heitor, o presidente do banco, interpretado por Nelson Xavier, para jantar na casa deles naquela noite. Só que o plano arquitetado por Clara terminará em uma série de assassinatos, em uma louca busca por poder.

O filme é inspirado em Macbeth, de Shakespeare, e representa mais um bom alívio para o nosso cinema, tão dominado por comédias globais. O clima de tensão permeia toda a história e é impressionante como os personagens vão se afundando em suas próprias mentiras. Afinal, como na fala do policial que investiga os crimes, "tratam-se de amadores". E um detalhe nessas horas pode fazer toda a diferença. Reparem na cena que o casal toma um banho de sangue enquanto se reviram na cama. Um presságio do que está por vir?

A fotografia do filme é muito bonita e sombria - ele foi gravado no Uruguai. Os atores Ângelo Antônio e Nelson Xavier estão muito bem como coadjuvantes, mais naturais que os protagonistas. Não que Gabriel Braga Nunes e Ana Paula Arosio não estejam bem, mas suas interpretações apresentam-se carregadas de uma dramaticidade teatral típica da obra de Shakespeare. Pecaram pelo excesso.

Arósio continua linda aos 40 anos. E devido ao grande assédio por parte da imprensa após a estreia do filme, resolveu se isolar novamente, numa viagem à Europa. Teria até recusado um papel importante na próxima novela das nove. É... como diria a canção, "cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é". Que o seu isolamento não demore tanto novamente.

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Só feras no feriado em BH

No próximo dia 15 de novembro chega a Belo Horizonte, no Chevrolet Hall, o show da turnê do 26º Prêmio da Música Brasileira, que teve como homenageada a cantora Maria Bethânia, que celebra 50 anos de carreira.

No palco, além dela, os convidados Lenine, Zélia Duncan, João Bosco, Arlindo Cruz e Camila Pitanga. A direção musical é assinada pelo maestro e pianista Cristóvão Bastos.

A banda criada exclusivamente para o show traz em sua formação conceituados músicos, entre eles, Túlio Mourão (piano), Pretinho da Serrinha, Zero e Marcelo Costa (percussão), Márcio Mallard (cello), Jorge Helder (contrabaixo), Carlos César (bateria), Dirceu Leite (sopros), Paulo Dálfin (viola e violão), Pedro Franco (violão, guitarra e bandolim) e Márcio André (Trompete e Flugelhorn).

Gringo Cardia assina o cenário da turnê, formado por telões de led, com fotos do arquivo pessoal de Bethânia, reunindo imagens da infância até os dias atuais. Em sua maioria são fotos raras ou pouco vistas pelo grande público.

Imagens de joias africanas vão compor as projeções com balangandãs (figa, búzios, colar de baiana, rendas) e barroco colonial baiano. A proposta de Gringo Cardia é representar a herança afro-brasileira e a miscigenação do nosso povo.

A grande calda da sereia e o coração sagrado presentes na cerimônia de premiação deste ano estarão projetados como efeitos em 3D

O roteiro, idealizado por José Maurício Machline (criador do Prêmio da Música Brasileira), inclui somente canções eternizadas na voz da intérprete baiana. Cada intérprete terá um bloco de canções formado por temas eternizados na voz de Maria Bethânia. As canções que serão interpretadas pela homenageada ainda estão mantidas em segredo.

SERVIÇO
Show 26º Prêmio da Música Brasileira
Artistas: Maria Bethânia, Zélia Duncan e Camila Pitanga, Arlindo Cruz, Lenine e João Bosco,
Data: 15 de novembro, domingo.
Local: Chevrolet Hall (Av. Sra. do Carmo, 230 - Savassi, Belo Horizonte)
Horário: 20h
Ingressos: Já à venda no site (http://premier.ticketsforfun.com.br/) e bilheterias do Chevrolet Hall.
VALORES INDIVIDUAIS DOS INGRESSOS:
Mesa Premium Banco do Brasil: R$ 250,00
Mesa setor 1: R$ 200,00
Arquibancada: R$ 150,00

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Um filme com fantasmas, e não sobre fantasmas...


O cineasta mexicano Guillermo Del Toro adora nos surpreender com o visual de seus filmes. Quem não se lembra daquela criatura com os olhos nas mãos em "O Labirinto do Fauno"? Dos seres estranhos de Hellboy e Hellboy 2 - O Exército Dourado? Ou dos monstros e robôs gigantes de "Círculo de Fogo"? 

Tamanha criatividade também pode ser vista em "A Colina Escarlate", atualmente em cartaz nos cinemas. E o objetivo dele agora continua sendo provocar arrepios no espectador. O filme de época traz fantasmas com um visual tão assustador que vai fazê-lo se contorcer na poltrona. Mas calma, eles não estão lá para matar ninguém, e sim para perturba-lo(a).

Eu explico: "A Colina Escarlate" conta a história da escritora Edith Cushing, papel de Mia Wasikowska (a Alice no País das Maravilhas de Tim Burton). Ela acaba se apaixonando pelo misterioso Sir Thomas Sharpe, vivido por Tom Hiddleston, e se muda com ele para uma sombria mansão no alto de uma colina - a tal colina do título, que tem uma neve avermelhada devido à alta concentração de argila no solo.

Habitada também por sua fria cunhada Lucille Sharpe (papel da sempre ótima Jessica Chastain), a casa tem uma história macabra e a forte presença de seres de outro mundo não demora a abalar a sanidade de Edith.

Tudo na mansão assusta. O buraco no teto que faz nevar dentro da casa o tempo todo. O subsolo, repleto de tanques de argila líquida, que esconde segredos. Centenas de mariposas nas paredes, enfim, tudo parece contribuir para tornar o ambiente o mais estranho e sombrio possível.

Mas e os fantasmas? Ah, esses são muito estranhos, com aspecto de fumaça, dedos longos, movimentos retorcidos ao caminhar, faces medonhas. Eles guardam os mistérios do lugar e aparecem para Edith a fim de alertá-la para o perigo que é estar ali. É de gelar a espinha! Ela precisa sair imediatamente de lá. Mas como, já que ela fica no meio do nada?

O desenrolar da trama me lembrou a obra de Nelson Rodrigues, em que, por trás de uma falsa aparência de normalidade, as famílias estão rodeadas de segredos, muitos deles incestuosos. E ao encontrar esses "esqueletos no armário", a protagonista irá se ver em maus lençóis. Não dá pra contar muita coisa sem revelar importantes desdobramentos da história, então é melhor eu parar por aqui.

Resumindo: "A Colina Escarlate" é um bom filme de terror, assustador na medida certa e com uma ótima direção de arte, figurino e fotografia. Os que se impressionam mais facilmente podem ter pesadelos à noite. Ponto pro Del Toro. E fica a dica pra um outro filme de horror que ele produziu: Mama, de 2013. O cara sabe como nos abalar.

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Alessandra Maestrini canta Barbra Streisand


O que você faria se a você fosse proibido estudar ou mesmo questionar? Aí está a temática de “Yentl Em Concerto” com a cantora e atriz Alessandra Maestrini.

A "cantriz" interpreta as canções imortais do filme. Tudo acontece no início do século XX. Yentl perde o pai, que lhe ensinava as sagradas escrituras; o que era proibido às mulheres da época. Decidida a desafiar o destino que lhe condenava a permanecer na ignorância de Deus, do mundo e de si, ela traveste-se de homem e segue para Yeshiva, onde se apaixona por Avigdor, seu colega de estudos, e precisa descobrir até que ponto está disposta a abrir mão de sua identidade.

“Yentl – The Yeshiva Boy” é um conto de Isaac Bashevis Singer que, em 1983, foi adaptado para o cinema tendo como protagonista a cantora e atriz Barbra Streisand. O filme ganhou, em 1984 o Oscar de melhor trilha sonora adaptada, Globo de Ouro de melhor filme musical e melhor diretor, para Streisand que também assinava o roteiro. Esta película é um dos maiores sucessos do cinema, um ícone do gênero musical.

Maestrini está no palco desnudo, acompanhada apenas do piano de João Carlos Coutinho, que assina a direção musical do espetáculo. A cantora e atriz assina o roteiro e a direção dos 75 minutos de espetáculo. Pode-se dizer que a interpretação de Maestrini é intensa e visceral, fazendo com que o público ao ouvir a música e a história, cheia de dúvidas e questionamentos de Yentl acerca da sexualidade e da sociedade, se identifique e se emocione. A leveza e o humor, traços reconhecidos da trajetória da artista, também dão um grande diferencial ao espetáculo. O público se delicia e se surpreende ao se ver em meio a gargalhadas emocionadas diante de temas normalmente considerados delicados.

Serviço:


Yentl Em Concerto
Data: 23 e 24 de outubro de 2015

Teatro Bradesco - Rua da Bahia, 2.244
Horário: sexta-feira e sábado, às 21h

Ingressos: R$70,00 (inteira) R$35,00 (Meia)
Classificação:12 anos
Mais informações: (31) 3516-1360

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Simbora!

A obra de Wilson Simonal se mantém cada vez mais moderna e chega pela primeira vez ao teatro pelas mãos de Nelson Motta e Patrícia Andrade. Sucesso de crítica e público no Rio de Janeiro e São Paulo, o espetáculo desembarca em BH este fim de semana.

Para a produção do musical, foi feito um resgate do riquíssimo repertório de Simonal, mostrando essa figura improvável, pobre, negro, que se tornou o maior astro popular do país, fazendo música de altíssima qualidade. O espetáculo, contudo, não se furta a falar sobre a decadência de Simonal, condenado a um “exílio” involuntário, e toca nos temas polêmicos que cercaram a carreira do artista.

A trajetória de Simonal não encontra paralelos na história da música brasileira. O prólogo parecia ser comum: garoto pobre tem que batalhar muito para conseguir mostrar o seu talento. Mas, no momento em que foi descoberto por Carlos Imperial - personagem fundamental na história do futuro astro e narrador da peça -, ele explodiu. O Brasil inteiro cantou Balanço Zona Sul (seu primeiro sucesso), Sá Marina, País Tropical, Meu limão, meu limoeiro, Lobo bobo, Mamãe passou açúcar em mim, todas presentes no roteiro do espetáculo.

Na década de 60, Simonal era um astro da televisão e do rádio e apontado por muitos como o maior cantor brasileiro, com público e crítica a seus pés. Já no início da década de 70, sua carreira começou a se desestruturar: o artista encerrou um contrato com a TV Globo, brigou com o Som Três, que o acompanhava desde o início, e desfez o escritório da Simonal Produções.

A gota d’água aconteceu quando Simonal, desconfiado do seu contador, pediu ajuda a amigos policiais (agentes do DOPS), que o sequestraram para que denunciasse quem o estava roubando na sua produtora. O episódio culminou na prisão do cantor, que, posteriormente, em uma cadeia de equívocos, foi acusado de delator a serviço da ditadura militar. Embora nada nunca tenha sido provado, Simonal dizia que até torturadores e terroristas foram anistiados, menos ele, que se transformou em um morto-vivo e foi condenado a um ostracismo artístico até sua morte, em 2000.

Serviço

S’imbora, O Musical – A História de Wilson Simonal
Data e horário: de 16 a 18 de outubro/ sexta e sábado, às 21h e domingo, às 19h
Local: Palácio das Artes – Av. Afonso Pena, 1.537 – Centro/BH
Informações: (31) 3236-7400 ou 4003-2330
Classificação: não recomendado para menores de 12 anos
Duração: 2h40 (com intervalo)
Ingressos: Plateia I – R$ 180 (inteira) / R$ 90 (meia)
Plateia II – R$ 160 (inteira) / R$ 80 (meia)
Plateia Superior – R$ 140 (inteira) / R$ 70 (meia)

terça-feira, 29 de setembro de 2015

Um filme para várias gerações

Em tempos de crise, os índices de desemprego costumam ficar lá em cima. Se pra quem é jovem não está fácil arrumar trabalho, imagine para os mais velhos? E olha que isso não é exclusividade do Brasil não, viu? Em muitos países, cidadãos com mais de 70 anos não são bem vistos pelo mercado de trabalho.

Como a arte imida a vida, esse tema foi abordado em mais um filme da diretora e roteirista Nancy Meyers. São dela comédias românticas como "Do Que as Mulheres Gostam", "Alguém Tem Que Ceder", "O Amor Não Tira Férias" e "Simplesmente Complicado". Em "Um Senhor Estagiário", atualmente em cartaz nos cinemas, ela repete a fórmula de sucesso e faz mais um filme adorável, daqueles típicos da sessão da tarde.

Anne Hathaway, que sofreu nas mãos de Miranda Priestly (Meryl Streep) em "O Diabo Veste Prada", de 2006, dá a volta por cima e interpreta agora Jules Ostin, dona de uma empresa de moda que vende roupas pela internet. Se lá ela sofria horrores, agora ela é a chefe workaholic, alguém que só pensa no trabalho. Apesar de bem intencionada, ela está sempre num ritmo frenético, atarefada demais ou atrasada demais para os seus compromissos. E isso acaba prejudicando seu negócio.

Quando a empresa inicia um projeto de contratar idosos como estagiários, em uma tentativa de colocá-los de volta à ativa, ela começa a trabalhar com Ben Whittaker, papel de Robert De Niro. Ele é um senhor viúvo de 70 anos, aposentado, que leva uma vida sem grandes emoções. Ao ver o anúncio da vaga, ele pensa no estágio como uma oportunidade de se reinventar. Claro que o conflito de gerações é inevitável. E é justamente aí que está o charme do filme.

Ben é um senhor tão legal que dá vontade de colocar num pacotinho e levar pra casa. Sério! É o vovô que todo mundo queria ter. Elegante, bem conservado, sensível, responsável e romântico à moda antiga, ele acaba conquistando a todos na empresa com seus conselhos e comportamento, mesmo que Jules o veja com desconfiança e passe pouco serviço pra ele no início.

Nem é preciso ter bola de cristal pra saber que essa relação aos poucos irá mudar e que eles se tornarão grandes aliados. E amigos, acima de tudo. Ben vai descobrir que é útil e "está vivo", inclusive para um novo amor. Com sua vasta experiência de vida, irá ajudar Jules na difícil tarefa de decidir se contrata ou não um CEO para a empresa, mesmo que isso signifique a perda de poder dela em gerir o próprio negócio.

Em determinado momento do filme somos apresentados à família de Jules - sim, ela tem marido e uma filha linda! - o que torna a personagem mais humana. Duvido que qualquer mulher que trabalha e tem que cuidar dos filhos e da casa não se identifique com ela nesse momento.

São dramas reais, escolhas que podem ter sérias consequências. Afinal, o homem moderno aceita ficar em casa e cuidar dos filhos enquanto a mulher trabalha e sustenta o lar? Uma esposa ausente é desculpa para se ter uma relação extraconjugal? Tudo isso é abordado no filme de maneira leve e divertida.

O elenco traz ainda Rene Russo, Adam DeVine, Anders Holm, Linda Lavin, Zack Pearlman, Nat Wolf e Andrew Rannells.

"Um Senhor Estagiário" é assim, um filme despretensioso, mas ao mesmo tempo capaz de nos fazer pensar. Ah, se todos fôssemos valorizados aos 70, 80, 90...

Abaixo, o trailer do filme:

sábado, 12 de setembro de 2015

Investigação à moda antiga

Estamos tão acostumados a assistir filmes de espionagens como Missão Impossível e 007, onde os agentes usam da mais sofisticada tecnologia para atingir seus objetivos, que histórias como "O Agente da U.N.C.L.E.", em cartaz nos cinemas, acaba se transformando numa espécie de "respiro" dentro do gênero. Justamente por se tratar de um filme de época.

O longa é baseado na série de TV "The Man from U.N.C.L.E"., exibida nos Estados Unidos entre 1964 e 1968. Eu não vi a original, mas gostei muito dessa adaptação cinematográfica.

Tendo como cenário a década de 1960, no período inicial da Guerra Fria, o filme é focado no agente da CIA Napoleon Solo (Henry Cavill - o novo Superman) e o espião da KGB Illya Kuryakin (Armie Hammer). A dupla, até então inimiga, se une em uma missão conjunta para parar uma organização criminosa internacional que decide desestabilizar o frágil equilíbrio de poder através da proliferação de armas nucleares e da tecnologia. A única pista da dupla é a filha de um cientista alemão desaparecido, Gaby Telller (Alicia Vikander), que é a chave para infiltrar-se na organização criminosa.

O diretor Guy Ritchie imprime a sua marca em mais esta aventura. É comum cenas de ação serem apresentadas sob um outro ponto de vista, com as lutas e explosões acontecendo "ao fundo", enquanto se destaca um outro foco, ao som de uma expressiva trilha sonora - esta, no caso, composta por inúmeros clássicos da canção italiana. E também mostrar o desfecho de uma cena e logo depois, num rápido flashback, explicar como tudo aconteceu. Ponto pra ele, que já tinha usado algo parecido em "Sherlock Holmes", com o ator Robert Downey Jr.

A química entre a então inimiga dupla de agentes funciona muito bem. Apesar das diferenças, quando em ação, acabam se complementando e até salvam a vida um do outro. Um é mais "esquentadinho", porém ágil, e o outro é mais sedutor e estratégico. Não posso deixar de citar também o bom trabalho da atriz Alicia Vikander, como a agente britânica Gaby Teller, um contraponto aos dois "brutamontes". O astro Hugh Grant também faz uma participação especial, como o chefe da nova agência do trio, a U.N.C.L.E. - sigla para "União de Nações para Comando da Lei e sua Execução".

Abaixo o trailer do filme:

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Contra o vento (um musiCAOS)

 
O espetáculo Contra o Vento (um musicaos) é um convite para embarcar em uma viagem no tempo e relembrar um dos momentos mais criativos das artes e do pensamento no passado recente de nosso país: o Movimento Tropicalista, ou a Tropicália.

Ao evocar esse período, a montagem revive os dias de efervescência cultural do Solar da Fossa, lendária pensão que ficava num casarão do final do século 18 em Botafogo, onde hoje está o shopping Rio Sul e que abrigou nomes fundamentais da arte e do pensamento que surgiam nos anos 1960 como Caetano Veloso, Gal Costa, Tim Maia, Paulo Leminski, Paulo Coelho, Aderbal Freire-Filho, Magro (MPB 4), Capinan, Zé Kéti, Paulinho da Viola, Guarabyra, Naná Vasconcelos, Maria Gladys, Claudio Marzo, Betty Faria, Ruy Castro, Nelson Ângelo, Sueli Costa, Cristovam Buarque entre outros.

A peça conta a história de um diário (fictício) que teria sido encontrado na demolição do Solar da Fossa. Este diário tem, presas à sua capa, somente as páginas do início, em 1967 e do final, em 1969, pois todo o conteúdo do meio está espalhado por entre páginas desordenadas, organizadas em três blocos. Ficamos sabendo disso através de atores do espetáculo, que no início de cada apresentação mostram ao público este diário, repleto de relatos escritos, desenhos, fotos, poemas concretos e mensagens cifradas.

O musical é um projeto do coletivo de artistas Complexo Duplo, com concepção e direção de Felipe Vidal e texto de Daniela Pereira de Carvalho.

ESPETÁCULO CONTRA O VENTO (um musicaos)

Temporada: de 10 de setembro a 04 de outubro
Horário: quinta, sexta, sábado e domingo, às 19h
Local: Teatro 1 
- Centro Cultural Banco do Brasil
Endereço: Praça da Liberdade, 450 – Funcionários
Ingressos: R$10(inteira) e R$5(meia)
Gênero: musical
Duração: 135 minutos
Classificação Etária: 16 anos
Informações: (31)3431-9400

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

24 horas de cultura e lazer em BH

A Virada Cultural de Belo Horizonte chega a sua terceira edição em 2015. Neste ano, o evento ocorre entre os dias 12 e 13 de setembro, das 19h do sábado às 19h de domingo. A programação é aberta ao público e abrange diversas manifestações artísticas, como música, teatro, dança, circo, literatura, artes visuais, intervenções urbanas, cultura popular, gastronomia, artes integradas, entre outras. 

Ao todo, são mais de 600 atrações gratuitas para todos os públicos. Entre elas, homenagem ao Fernando Brant, Orquestra Sinfônica Arte Viva e Ivan Lins, Sepultura, Molejo, Felipe Cordeiro, Cia. Base, Mundialito de Rolimã, Festival Internacional de Corais, TODA DESEO! com a Gaymada, GastroPark e muito mais. São 18 palcos, sendo oito oficiais, oito parceiros e dois associados. 

Acesse a programação completa em www.viradaculturabh.com.br



segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Crescer... sem esquecer

Meu primeiro contato com o Pequeno Príncipe foi através do desenho "As Aventuras do Pequeno Príncipe" lançado no final da década de 70 e criado pelo estúdio de animação japonesa "Znack". No Brasil ele passou no início dos anos 80 no SBT. Era bem pequeno mas me lembro de vários episódios...



A história, criada pelo escritor francês Antoine de Saint-Exupéry, publicada em 1943 nos Estados Unidos, encantou o mundo. Desde que vi o trailer dessa nova versão animada, que entrou em cartaz nos cinemas brasileiros na semana passada, fiquei com muita vontade de assisti-la. Tamanha expectativa acabou me frustrando um pouco... o filme é realmente muito bonito e emocionante, mas sei lá... eu esperava mais.

A animação, dirigida pelo americano Mark Osborne, traz uma nova narrativa para esse clássico da literatura infantojuvenil. Uma garotinha acaba de se mudar com a mãe, uma controladora obsessiva que deseja definir antecipadamente todos os passos da filha para que ela seja aprovada em uma escola conceituada.

O que ela não esperava é que a filha se tornasse amiga de um velhinho que mora na casa ao lado da dela. O senhor conta para a menina todas as histórias que ouviu do Pequeno Príncipe, um menino que vive em um asteróide com sua rosa e, um dia, encontrou um aviador perdido no deserto em plena Terra. Aos poucos, a garotinha percebe que a vida não pode ser tão séria quanto sua mãe prega. E que há algo de precioso na infância e que se deve carregar para sempre. 

O tipo de animação usado para retratar o Pequeno Príncipe é muito bacana. Parece que ele é feito de papel machê. A parte em que ele conhece a raposa é muito tocante. As lições de que "você se torna responsável por aquilo que cativas" e que "o essencial é invisível aos olhos" realmente nos faz refletir e ficam pra toda a vida.

Eu nunca li o livro e não sei o final, mas o filme toma algumas liberdades criativas interessantes, embora elas quebrem um pouco a narrativa, na minha opinião. A amizade entre o velho e a menina é algo lindo de se ver, mas quando ele vai parar no hospital, ela se vê impelida a ajudá-lo e a descobrir o fim da história do Pequeno Príncipe por si só.

E é aí que o filme fica mais sombrio, mostrando um planeta distante, similar ao nosso, onde todos sofreram uma lavagem cerebral e o Príncipe deixou de ser criança. Mesmo que tudo não passe da imaginação da garotinha, a ruptura é grande demais em relação ao que foi mostrado até então. Cabe a ela fazer o menino acordar deste transe e libertar as estrelas que farão as pessoas sonharem outra vez.

Vi o filme em francês, legendado, numa sessão 3D (senti pouca diferença). O Pequeno Príncipe é sim um filme que vale a pena ser visto e que desperta na gente aquela sensação nostálgica da infância. E se tem um moral no final é justamente este: nunca abandone a criança dentro de você!

terça-feira, 4 de agosto de 2015

#EmptyInhotim

A partir de hoje, 4 de agosto, quem visitar o Inhotim (@inhotim) vai poder fotografar dentro das galerias do parque. A novidade passa a valer após o Instituto, em colaboração com o Instagram, realizar o primeiro Empty do Brasil. A ação, batizada de #EmptyInhotim, reuniu 14 Instagrammers de Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo para registrar o Instituto vazio, além de experimentar, em primeira mão, a possibilidade de fazer fotos de dentro dos pavilhões.

O #Empty já aconteceu em instituições como o Metropolitan Museum of Art, em Nova York, e a Tate Modern, em Londres. A experiência permite que os Instagrammers vivenciem momentos sem precedentes, registrados e compartilhados no Instagram com fotos e vídeos. Agora, é a vez do público geral aproveitar as áreas internas das galerias para exercer o olhar fotográfico.

Mas existem algumas regras para as fotos dentro das galerias do Inhotim: não é permitido o uso de flash, tripé, pedestal ou qualquer outro suporte para câmeras; e não é permitida a realização de sessão de fotos profissionais.

quinta-feira, 30 de julho de 2015

Do rádio para a TV

 
Na década de 1960, quando os aparelhos de televisão começaram a fazer parte das casas brasileiras, o público começou a prestar atenção não somente na voz dos personagens, mas também em sua imagem. Assim, muitos atores que faziam sucesso no rádio começaram a temer a TV: muitos galãs eram gordinhos e carecas, muitas mocinhas já eram senhoras. Essa fase de transição das radionovelas para a TV é o pano de fundo para a comédia “Caros Ouvintes”, escrita e dirigida por Otávio Martins.

A ação se passa em uma das últimas emissoras a produzir radionovelas. O elenco prepara uma grande apresentação ao vivo, para depois se despedir do público em um palco armado do lado de fora da rádio. Vicente (Marcos Damigo), o produtor da radionovela, mantém com a atriz Conceição (Natallia Rodrigues) um caso amoroso que entra em colapso quando ela é chamada para estrelar uma telenovela. Empenhado para que o último capítulo seja impecável, Vicente conta com a absoluta lealdade e profissionalismo do sonoplasta Eurico Boavista (Oscar Filho) e do locutor Wilson Nelson (Ivo Müller).

Vespúcio Neto (Elam Lima), o publicitário, quer que o casal romântico da rádio repita a dose na telenovela que seu cliente irá patrocinar, despertando ódio em Péricles Gonçalves (Eduardo Semerjian), um ex-galã, Ermelinda Penteado (Nany People) e a cantora decadente Leonor Praxedes (Camilla Camargo). A série de atritos é desencadeada quando o anúncio de que o patrocinador passará a produzir telenovelas vem à tona, colocando em risco o final da radionovela.

"Caros Ouvintes" estreou em 2014 com enorme sucesso, ganhando os prêmios de melhor direção de comédia e melhor espetáculo de comédia no Prêmio Arte Qualidade Brasil, além de concorrer a outros 13 prêmios em várias categorias, como figurino, cenário, trilha sonora, texto, melhor atriz, melhor atriz e ator coadjuvantes, melhor elenco.

SERVIÇO

Espetáculo “Caros Ouvintes”
Datas: Dias 15 e 16 de agosto de 2015 (sábado, 21h, domingo, 19h)
Local: Grande Teatro do Palácio das Artes (Av. Afonso Pena, 1537 – Centro)
Classificação: 12 anos
Duração: 90 minutos
Ingressos:
Plateia I e II - R$ 60,00 (Inteira) | R$ 35,00 (Meia-entrada)
Plateia Superior - R$ 50,00 (Inteira) | R$25,00 (Meia-entrada)
*Meia-entrada para estudantes e idosos
Vendas pela internet: www.ingresso.com / Call center: 4003-2330
Informações para o público: (31) 3270-8100

segunda-feira, 27 de julho de 2015

Sesc Palladium completa 4 anos com programação especial

 
O Sesc Palladium completa quatro anos em agosto. Para celebrar, serão mais de 70 atrações oferecidas nas mais diversas linguagens artísticas e diversas atividades gratuitas, inéditas em BH, ações formativas e até espetáculo para bebês.

Passarão pelo palco do Grande Teatro nomes como Lenine, Martinho da Vila, Mart'nália, Leonardo, Paula Fernandes, Frejat, Zeca Baleiro, Elba Ramalho, Mutantes e Erasmo Carlos.

O mês de aniversário contará também com novidades, como o Encontro Imaginários do Sertão - palavra e imagem, que discutirá as relações de influência entre a literatura e o cinema.

Nas artes cênicas, o Sesc Palladium recebe O delírio do verbo, com textos de Manoel de Barros. A intepretação é de Jonas Bloch. A montagem conta histórias de humor e poesia, além de apresentar ao público um novo olhar sobre a vida, numa linguagem surpreendente e inovadora.

Outra iniciativa que integra a programação é a intervenção inédita Hoje tem Cine, da artista Laura Belém, que se desdobra em uma mostra de cinema comemorativa.

Também tem novidade nas artes visuais. A Galeria de Arte GTO recebe o trabalho da artista mineira Marilá Dardot.

Na literatura, Arnaldo Antunes será o convidado do Digas! Poesia Falada e apresentará uma performance que explora as possibilidades rítmicas da linguagem poética.

A Cia. Sesc de Dança também marcará presença na programação com a apresentação do novo espetáculo, Terminal A2, de Alex Soares.

Além de tudo isso, a programação dos projetos Off Cena, Criações de Bolso, Em Residência, Pauta em Movimento e a exposição Diário de Marilá Dardot contará com uma série de atividades formativas gratuitas. São cursos, bate-papos, encontros, leitura de portfólios e oficinas.

E o encerramento do mês comemorativo terá uma programação intensa no domingo (30/8) que se estenderá para a rua Rio de Janeiro. O Cortejo Samba no Pé-de-Moleque abre a programação, que contará também com a Rua de Lazer do Sesc, das 12h às 16h; e diversas atrações das 11h às 20h: espetáculo TÓIN: dança para bebês, espetáculo Circo do Só eu e show do icônico grupo Os Mutantes, comandado por um dos seus fundadores, Sérgio Dias.

A programação completa você confere em www.sescmg.com.br

terça-feira, 21 de julho de 2015

Teatro pra garotada

A Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Fundação Municipal de Cultura (FMC), apresenta a 12ª Mostra de Artes Cênicas para Crianças nos teatros públicos Francisco Nunes e Marília. O evento, que retorna a programação cultural da cidade de Belo Horizonte, abrange uma grade inteira dedicada ao público infantil, com espetáculos de dança, teatro e música. As apresentações acontecem de 21 de julho a 2 de agosto, com ingressos a preço único de R$8,00 que podem ser adquiridos uma hora antes dos espetáculos na bilheteria dos teatros. A programação completa dos espetáculos pode ser consultada no site www.bhfazcultura.pbh.gov.br.

Ao todo, os teatros Marília e Francisco Nunes recebem 10 espetáculos dentro da Mostra. Um dos destaques será o musical “Os Saltimbancos”, que será apresentado no Teatro Francisco Nunes, dia 22 de julho, às 10h e às 15h. Com texto de Luiz Enriquez Bacalov e Sérgio Bardotti, adaptado por Chico Buarque, a peça conta a aventura de um jumento, um cachorro, uma gata e uma galinha descontentes com a vida no campo que partem para a cidade para tentarem a carreira musical. Durante a jornada, muitas coisas acontecem. Até que os animais percebem que a cidade não parece ser o melhor lugar para viver.

No Teatro Marília destaque para o espetáculo “Cachinhos de Ouro”, com direção de Rômulo Duque, que tem apresentações nos dias 25 e 26 de julho e 1º e 2 de agosto . A peça retrata um clássico da literatura infantil primeiramente registrada em forma de narrativa pelo autor e poeta Inglês Robert Southey. O texto é uma história familiar aconchegante que conta a história de uma menina que tem desejo de conhecer a floresta mas sua mãe não permite.

12ª MOSTRA DE ARTES CÊNICAS PARA CRIANÇAS

TEATRO FRANCISCO NUNES – Av. Afonso Pena, S/N°, Parque Municipal – Centro

21/07 – Jojô e Palito em, Dona Baratinha quer se casar – 10 e 15h
22/07– Os Saltimbancos – 10 e 15h
23/07– Armatrux, a Banda – 10 e 15h
24/07 – Pluft, o fantasminha – 10 e 15h
25/07 – Quem sou eu? 15h

TEATRO MARÍLIA – Av. Alfredo Balena, 586 – Centro

21/07 – Espetáculo – A menina e o vento – 10 e 15h
22/07 – Espetáculo – Uma surpresa para Benedita – 10 e 15h
23/07 – Espetáculo – A história da menina que falava muito, e... – 10 e 15h
24/07 – Espetáculo – E se o mundo fosse uma grande brincadeira de criança? – 10 e 15h
25 e 26/07 e 1º e 2/8 – Cachinhos de Ouro – 16h30

quinta-feira, 16 de julho de 2015

Pitty traz show "Setevidas" a BH

Grande, mas “garageiro”. É assim que a cantora Pitty define o som de seu último CD "Setevidas", que dá o tom do show da banda que chega ao Music Hall no dia 25 de julho. As letras que falam de resistência, sobrevivência, críticas ao capitalismo e ao materialismo juntam-se à sonoridade do legítimo rock, adicionado de algumas experimentações musicais.

A faixa-título diz que “viver parece mesmo coisa de insistente” e este é, de fato, mote para o trabalho musical da banda. Todas as faixas do disco levam a marca de Pitty na composição. Em algumas, surgem participações de outros membros da banda. A intensidade dos arranjos fica explícita em “Setevidas”, em “Pouco” e em “Lado de Lá”. Já faixas como “Deixa ela entrar”, “Boca Aberta” e “A Massa” entram no rol das críticas sociais duras, típicas da banda e do estilo que escolheram seguir.

A experimentação sonora também tem espaço nesta apresentação, que incorpora de forma orgânica vários instrumentos que, à primeira vista, seriam estranhos ao rock, como o agogô e o caxixi. Nesse sentido, “Serpente” é a faixa com pegada experimental mais ousada, com as experimentações rítmicas em destaque e uma letra que explora a intensidade de momentos de transformação, recomeço e renovação.

Além do som forte e marcante do novo álbum, que é ainda mais intenso ao vivo, os fãs podem aguardar momentos de retorno aos grandes sucessos, como as letras já familiares de “Admirável Chip Novo”, “Equalize” e “Na Sua Estante”, que passam pelo questionamento social e pelo romance, sempre presente no rock da banda baiana.

SERVIÇO

Pitty - Setevidas
Data: 25 de julho
Horário: 22h30
Local: Music Hall - Av. do Contorno, 3239, Belo Horizonte.
Ingressos: 1º LOTE (ESGOTADO)
2º LOTE
Pista: R$ 60,00 (Meia)
Pista Inteira Solidária: R$ 85,00
Camarote Open Bar (com acesso à pista) – R$120 – preço único
Pontos de Venda (Central dos Eventos)
Central dos Eventos (Rua Fernandes Tourinho 470, Loja 16 - Savassi)
Túnel do Rock - Rua Rio de Janeiro com Rua Tupis, Centro (Sem taxa)
Quiosques e lojas da Central dos Eventos nos shoppings:
Galeria C&A Centro
Boulevard Shopping
Shopping Pampulha Via Brasil
Via Shopping Barreiro
Big Shopping Contagem
Metropolitan Betim
Shopping Sete Lagoas
Classificação: 16 anos (Pista), 18 anos (Camarote Open Bar)

domingo, 12 de julho de 2015

Road Movie adolescente

O escritor John Green parece ter mesmo caído nas graças dos produtores de Hollywood. Depois do sucesso astronômico de "A Culpa é das Estrelas", mais um de seus livros acaba de ganhar uma adaptação para as telonas: "Cidades de Papel". E olha que vem mais dois por aí: "Deixe a Neve Cair" e "Quem é Você, Alaska?", ambos previstos para estrear ano que vem. Depois de Nicholas Sparks - que teve uma dezena de livros adaptados para o cinema - Green é o novo queridinho do momento.

Ainda não li o livro "Cidades de Papel". O termo é usado para identificar cidades fictícias, criadas pelos cartógrafos e inseridas em seus mapas, para identificar com facilidade quem são os seus plagiadores. É justamente numa dessas cidades que a enigmática Margo Spiegelman (Cara Delevingne) irá se refugiar. Não sem antes bagunçar a vida do protagonista Quentin Jacobsen, carinhosamente chamado de Q (Nat Wolff).

Os dois eram amigos de infância mas acabaram se separando na adolescência. Ela se tornou a garota popular da escola. Ele, o nerd com poucos amigos. Uma noite ela invade o quarto de Q e o convence a participar de um engenhoso plano de vingança contra o ex-namorado e alguns colegas dela. Depois da noite de aventuras ela desaparece, não sem antes deixar pistas sobre o seu paradeiro.

Q começa a seguir essas pistas e decide partir numa jornada de mais de dois mil quilômetros de carro, rumo ao estado de Nova York, para reencontrar Margo. Junto com ele vão os amigos Radar (Justice Smith); a namorada dele, Angela (Jaz Sinclair); a colega de Margo, Lacey (Halston Sage); e Ben (Austin Abrams), responsável pelos momentos mais engraçados do longa-metragem. E olha que eles têm que fazer isso em apenas dois dias, já que precisam retornar a tempo para o baile de formatura.

Num momento em que o grupo está prestes a se formar e partir cada um pra um lado, eles irão viver inúmeras situações pela primeira vez, o que irá marcar para sempre o fim da adolescência e o início de suas vidas adultas. Mas será que Margo quer ser encontrada? Isso você terá que descobrir indo aos cinemas.

O grande mérito do filme está no carisma de Q. Natt Wolff confere ao personagem um ar de ingenuidade que faz com que a gente torça por ele o tempo todo. Como todo rapaz de 18 anos, ele alterna momentos de muita responsabilidade com outros de pura inocência - a cena em que ele e os amigos cantam a música-tema do desenho animado Pokemón, para espantar o medo ao invadirem uma loja abandonada, é hilária!

A modelo londrina Cara Delevingne, apesar de bonita, não é lá muito carismática. Com um ar blasé o tempo todo, a impressão que fica é que Q merece alguém muito melhor. Mas quem controla o coração, não é mesmo? Pra mim, o fato de Margo estar sempre em fuga reflete muito mais um transtorno psicológico do que simplesmente a busca por novas experiências.

Ah, detalhe para a participação de Ansel Elgort (o Augustus Waters de "A Culpa é das Estrelas") como o vendedor de loja de conveniência de um posto de gasolina. A rápida aparição dele foi suficiente para arrancar suspiros e gritinhos da plateia no cinema - o que mostra que o público de "Cidades de Papel" é o mesmo do outro filme adaptado da obra de John Green.


quarta-feira, 1 de julho de 2015

Savassi Festival 2015 ocupa Belo Horizonte

Dedicado ao jazz e à música instrumental contemporânea, a programação do Savassi Festival 2015 ganha novos espaços e amplia a participação do evento na cidade ao estabelecer novas parcerias e permitindo a experimentação de novos formatos para os eventos.

A programação será distribuída em diversos espaços ao longo dos 9 dias de duração e foi dividida em 4 categorias: Jazz no Teatro - shows em teatros e palcos consagrados da cidade; Jazz na Rua - shows em espaço público; Jazz Clube - shows nos cafés e em casas de show e Jazz Remixed - apresentações de DJs que farão sets especiais de jazz, remixes de jazz e vertentes.

Uma das principais novidades desta edição é que o evento da rua Antônio de Albuquerque, que se tornou uma das marcas de encerramento do festival, será reconfigurado em 2015: ele passa a ser realizado no início do evento (dia 5 de julho) e dá espaço para que o festival encerre suas atividades em outros espaços públicos, como a praça da Liberdade (dias 11 e 12 de julho) e praça Floriano Peixoto (dia 12 de julho).

Além disso, nessa edição, prepare-se para ver pela primeira vez no palco do Savassi Festival o grupo instrumental mineiro Uakti. Outro artista brasileiro que também fará sua estreia no palco do Savassi Festival é o cantor e compositor João Bosco, que irá interpretar um repertório jazzístico pela primeira vez em sua carreira.

Seguindo a tradição de convidar um músico para compor uma peça inédita para ser apresentada com a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, o Savassi Festival chamou o pianista André Mehmari. Ele preparou um concerto duplo para piano, vibrafone e orquestra, que será apresentado em parceria com o multi-instrumentista Antônio Loureiro, no Grande Teatro do Palácio das Artes. Loureiro também apresentará o resultado de uma residência artística com o músico Jasper Hoiby (Dinamarca).

Ainda no âmbito nacional, o Savassi Festival promove o show de Nivaldo Ornellas com a Jazz Orquestra Mineira e outras atrações locais, como Fred Selva lançando seu disco “A Estranheza e o Poliglota”. A Big Band Palácio das Artes, por sua vez, recebe o 5º Prêmio Jazz de Minas, em decorrência de sua importância e trabalho realizado pela música instrumental em nosso estado.

Jazz para Crianças

Pela primeira vez, o Savassi Festival irá realizar uma ação exclusivamente voltada para crianças. No Palco Instituto Unimed-BH e Diversão em Cena ArcelorMittal, a ser realizado no dia 12 de julho, na praça Floriano Peixoto, a garotada terá a oportunidade de entrar em contato com clássicos do jazz com arranjos próprios para os ouvidos dos pequenos. André Mehmari vai apresentar canções do Clube da Esquina enquanto a Orquestra Ouro Preto dará continuidade à programação com Cantigas de Bem Querer. A último show deste palco fica por conta de Cliff Korman e Nivaldo Ornelas com o show “Isso é Jazz! Thelonious Monk para Os Pequenos”.

Novos Talentos do Jazz

O concurso Novos Talentos do Jazz foi criado em 2005 com a proposta de receber inscrições de artistas/bandas interessados em integrar a programação do Savassi Festival.

Inicialmente de âmbito local, com o passar do tempo o concurso cresceu e projetou-se internacionalmente. Desde 2011, o Novos Talentos do Jazz recebe inscrições de outros países. Por meio dele, várias bandas são selecionadas para a programação oficial do festival. Em 2015, o concurso mudou as regras e passou a receber apenas inscrições de bandas cuja média de idades fosse inferior a 25 anos. Dessa forma, alcançaria o objetivo de realmente premiar grupos com integrantes novos. Os vencedores dessa edição do Novos Talentos do Jazz são: Jazzacorde-on (BH), na categoria local, e Manassés Nascimento Quintento (SP). Receberam menção honrosa as bandas A Engrenagem(BSB) e Marmota (RS). Todas as quatros vão se apresentar na programação do Savassi Festival 2015.

Bate-papo


A programação do Sesc Palladium trará uma novidade em julho. Trata-se do Palco Biblioteca, iniciativa que prevê a realização de bate-papos sobre diversas linguagens artísticas, por meio de publicações bibliográficas. Artistas, pesquisadores e pensadores serão convidados para encontros no Acervo Artístico e Literário. O pesquisador musical Roberto Muggiati (Curitiba/PR) é o primeiro convidado do projeto, no dia 7 de julho, às 19h30, e apresentará uma discussão a respeito de seu livro “New Jazz – de Volta para o Futuro”.

A obra discorre sobre o jazz contemporâneo. Para conversar sobre ela, estarão presentes, além do autor, o produtor cultural e coordenador do Savassi Festival, Bruno Golgher e o músico Rafael Martini. A edição conta ainda com uma intervenção artística surpresa. O evento integra a programação do Savassi Festival e será realizado excepcionalmente no Teatro de Bolso. A entrada é gratuita, com retirada de ingressos duas horas antes do evento.

Confira a programação completa em www.savassifestival.com.br


domingo, 28 de junho de 2015

O parque está aberto!

Se me perguntassem qual é o meu filme preferido de todos os tempos eu diria que é "Jurassic Park - Parque dos Dinossauros". A saga, iniciada em 1993, marcou minha adolescência. Me lembro de ver o filme no então Cine Brasil e aquela mistura de ação, suspense, terror e aventura, somado a efeitos especiais incríveis para a época, sob a chancela de Steven Spielberg, realmente me cativou.

A sequência "Jurassic Park - The Lost World" (O Mundo Perdido) de 1997 foi muito legal também (não me esqueço da cena em que a personagem da Julianne Moore fica presa num trailer, atacado pelo T-Rex, prestes a despencar num penhasco, e o vidro começa a trincar... tenso!). E ainda tem o fato do Tiranossauro ir parar na cidade! O terceiro filme, "Jurassic Park III", de 2001, foi o pior dos três na minha opinião, mas ainda assim é legal.

E eis que agora, em 2015, somos brindados com a quarta parte da franquia, "Jurassic World - O Mundo dos Dinossauros". Dirigido por Colin Trevorrow e produzido por Spielberg, o longa mostra no que o Parque dos Dinossauros se transformou: uma espécie de Disney World, visitada diariamente por milhares de pessoas.

Para atrair mais movimento e saciar a necessidade do público por novidades, os cientistas criaram dinossauros híbridos, através da engenharia genética. O problema é que um deles, justamente o mais perigoso, chamado de Indominus-Rex, acaba fugindo e colocando em perigo a vida de todos - inclusive dos outros dinossauros, já que é uma espécie de serial killer.

O elenco é ótimo. A gerente de operações do parque, Claire, vivida pela atriz Bryce Dallas Howard (de "A Vila"), precisa controlar uma situação totalmente fora de controle, ao mesmo tempo em que recebe no parque a visita dos sobrinhos Gray e Zach (Ty Simpkins e Nick Robinson), que vão se meter em confusão, óbvio. O astro do momento, Chris Pratt, vive Owen Grady, um ex-militar que vive na ilha e adestra Velociraptors (!) e que irá usar da sua experiência com os dinos para lidar com os problemas.

"Jurassic World" é como uma volta às origens. Lembra muito o primeiro filme, o que é ótimo! As cenas de perseguição são incríveis! A fúria do D-Rex, o ataque dos Pterodáctilos aos visitantes, o Mosassauro - dinossauro marinho responsável por uma das cenas mais impressionantes do filme, a tecnologia do parque, os "vilões" que querem transformar os Velociraptors em armas bélicas, a luta entre o D-Rex, o T-Rex e os raptors, enfim, o longa-metragem está cheio de ingredientes que o tornam um dos melhores da temporada!

Não é a toa que ele conquistou a maior estreia norte-americana de todos os tempos, com bilheteria de US$ 208,8 milhões - contra US$ 207,4 milhões de "Os Vingadores". O quarto episódio da franquia também liderou a bilheteria de 66 mercados, incluindo a China, e fez US$ 524 milhões mundialmente.



Já se fala inclusive em Jurassic World 2. Será? Não seria nada mal, concordam?

quinta-feira, 25 de junho de 2015

"Across The Universe" faz turnê pelo Brasil

 
O musical Across the Universe tem turnê nacional apresentada em cinco estados brasileiros. A estreia será em Belém/PA e, em seguida, o espetáculo passará por Florianópolis/SC, Belo Horizonte/MG, Fortaleza/CE e Brasília/DF.

O Musical retrata a América em 1960, marcada por suas lutas e paixões, ambientando toda uma época de protestos contra a guerra e histórias de amor através das músicas dos Beatles.

Em meados dos anos 60, um garoto de Liverpool, insatisfeito com seu trabalho no porto, decide cruzar o Atlântico em busca de seu pai. Após conhecer alguns estudantes rebeldes, partem rumo à Nova York e acabam se envolvendo com emergentes movimentos de contracultura como forma de contestar o caráter social e cultural da sociedade.

O musical é uma livre adaptação do filme “Across The Universe”. Foram selecionadas mais de 15 músicas dos Beatles para ser pano de fundo para as histórias contadas no espetáculo. Entre elas estão “Let It Be”, “Yesterday”, “Come Together”, “Revolution”, “All You Need Is Love”, “I Want You”, “Because”, “Blackbird”, entre outras, que contam com a interpretação de 12 atores, que cantam e dançam acompanhados de uma banda ao vivo.

Serviço:

Evento: Across the Universe – Histórias de amor ao som de Beatles
Belo Horizonte: dia 04/07 (Sábado), às 21:30hs no Grande Teatro do SESC Palladium
Classificação: 12 anos
Informações: www.acrossmusical.com.br
Ingressos: Plateia I - R$ 80,00 (inteira) / Plateia II - R$ 60,00 (inteira) / Plateia II -
R$ 60,00 (inteira)

segunda-feira, 15 de junho de 2015

BH recebe espetáculo “Muro de Arrimo”, monólogo com direção de Alexandre Borges


Um dos textos mais consagrados do autor Carlos Queiroz Telles, “Muro de Arrimo”, ganha uma nova montagem. Estrelado e idealizado por Fioravante Almeida, a nova versão do monólogo marca a segunda direção de Alexandre Borges nos palcos.

A trama, que é baseada em uma notícia publicada no jornal, revive a copa do mundo no Brasil, por meio do pedreiro Lucas. Ele está no alto de um arranha-céu ouvindo ansiosamente no seu radinho de pilha o locutor (Cléber Machado) falar sobre o pré-jogo da semifinal da Copa do Mundo (o fatídico jogo entre Brasil e Alemanha, que terminou em 7 x 1), enquanto tenta concentrar-se em sua tarefa de construir um muro no alto de um prédio.

Lucas contrasta momentos de euforia e meditação. A presença do humor do povo e a sua enorme paixão pelo futebol são destacadas. As referências originais do texto, que eram de 1974 (referente a Brasil e Holanda) foram transportadas para 2014, no dia do jogo da semifinal Brasil e Alemanha, no Estádio do Mineirão, em Belo Horizonte.

Muro de Arrimo recebeu em seu lançamento, em 1975, os prêmios Molière e Anchieta de melhor autor, e contou com montagens históricas no Brasil. A mais consagrada delas teve direção de Antônio Abujamra e Antônio Fagundes no elenco. O texto chegou a ser montado em 20 países, além de ser traduzido para 12 idiomas.

Serviço

Espetáculo “Murro de Arrimo”, com Fioravante Almeida e direção de Alexandre Borges
Datas: 19 e 20 de junho de 2015 (sexta e sábado)
Local: Teatro Bradesco (Rua da Bahia, 2244 – Lourdes – Belo Horizonte/MG)
Horário: 20h
Ingressos: R$90(inteira) / R$45,00(meia-entrada) na bilheteria do Teatro ou pelo site Ingresso.com
Informações: (31)3516-1360
Classificação: 12 anos
Duração: 50 min.

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Backstreet's Back!


Ontem teve show dos Backstreet Boys no Chevrolet Hall em BH e eu estava lá. A apresentação fez parte da turnê "In a World Like This", que tem percorrido algumas capitais brasileiras. O que vou narrar a seguir foram as impressões que eu tive do show.

Primeiramente, eu nunca peguei uma fila tão grande para entrar no Chevrolet Hall. Cheguei com 1h30 de antecedência e mesmo assim a fila saía da porta do local, subia a Av. Nossa Senhora do Carmo, contornava o Colégio Dom Silvério e ia até a entrada do Pátio Savassi pela Rua Lavras, e depois voltava por quase todo o trajeto. Apesar de gigantesca, ela estava organizada. Eu e minha namorada Danielle fizemos este "percurso" em cerca de 50 minutos. Pronto, entramos.


Lá dentro as fãs mais histéricas se acotovelavam bem próximas ao palco. Como não gosto de muvuca, convenci a Dani a ficar numa das arquibancadas laterais. Marcado para começar às 21h30, o show atrasou 15 minutos, o que não foi muito, ainda mais por se tratar de uma terça-feira. Eu e com certeza centenas de pessoas que estavam ali tinham que acordar cedo no dia seguinte para trabalhar.

Apesar dos ingressos terem se esgotado, ainda tinha espaço no final da pista. Acho que a mulherada se espremeu tanto para ficar mais perto do palco que o fundão ficou meio vazio. E a maior parte do público era esse mesmo: mulheres entre 20 e 30 anos. Homens geralmente eram acompanhantes. Tinham algumas adolescentes, mas creio que essas foram mais pelo fato de ser um show internacional de uma boy band em BH, do que pelos Backstreet Boys em si. Como pertencem a outra geração, elas devem gostar mais de One Direction ou Justin Bieber.

Não sou fã do quinteto, mas não tenho vergonha em dizer que gosto da maioria das músicas. Elas me remetem à minha adolescência, período em que os BSB dominavam as paradas do Disk MTV e Top 20 Brasil junto com as Spice Girls.

Mas vamos ao show em si. Achei ruim o fato de não ter uma banda tocando ao vivo com eles. Eles cantavam ao vivo, mas a base era playback. Dava pra ver a mesa do DJ à esquerda do palco, que soltava as bases pré-gravadas. Em alguns momentos eles tocaram alguns instrumentos ao vivo. Teve até uma parte inteiramente acústica, em que várias fãs subiram ao palco e ficaram sentadas lá no fundo. Pra mim essa foi a pior parte do show, sinceramente.

O cenário era composto por um enorme telão ao fundo e uma escadaria, onde eles subiam e desciam. Imagens eram projetadas o tempo todo, inclusive nos degraus.

Simpáticos, extrovertidos e falantes, Brian, Nick, Howie D, AJ e Kevin se mostraram descontraídos perante as milhares de pessoas que não paravam de gritar seus nomes. Alguns pareciam até estar ligados em 220 volts, como Nick Carter, que usou e abusou de suas caras e bocas características.

Me pareceu que as brasileiras gostam mais do Kevin (ele foi o mais ovacionado), porém o mais legal deles, na minha opinião, foi o Brian. Teve uma hora em que ele ficou sem entender os gritos de "lindo, tesão, bonito e gostosão",e teve uma reação bem engraçada, já que tentou imitar os gestos de uma menina que tentava traduzir pra ele o que aquilo tudo significava.

Em se tratando de música, a maior parte dos hits estiveram presentes. O set list foi esse:

The call - Mal deu pra entender o que eles cantavam. Deviam estar acertando o som, já que era a primeira música.
Don't want you back - Ainda no embalo do aquecimento
Incomplete - Essa foi legal, cantada em coro
Permanent stain - Não conhecia
All I have to give - Bacana, teve dancinha com chapéus
As long as you love me - Uma das mais famosas
Show 'em (What you're made of) - Não conhecia
Show me the meaning of being lonely - Essa foi boa também
Breathe - Acho que já tinha ouvido uma vez
I'll never break your heart - Legal
We've got it goin' on - Colocou o povo pra dançar

Parte acústica:


Drowning - cantaram só um trechinho e o público emendou o resto do refrão
10,000 promises - Não conhecia
Madeleine - me pareceu música solo do Nick
Quit playing games (With my heart) - Uma das minhas preferidas, mas não gostei do arranjo

The one - Muito boa!
Love somebody - Não conhecia
Shape of my heart - Cantaram essa no lugar de More Than That
In a world like this - A canção que dá nome à turnê não poderia ficar de fora
I want it that way - Colocaram um "batidão" nela

Bis:

Everybody (Backstreet's back) - Muito boa! Com a coreografia das mãozinhas e tudo.
Larger than life - Fecharam com chave de ouro

As melhores pra mim foram justamente as duas últimas, já que elas são bem animadas e colocaram todo mundo pra dançar. Senti falta de Get Down. 




Me desculpem as mais fanáticas mas achei as coreografias fracas. Com exceção da dança com chapéus em "All I Have To Give", o resto ficou parecendo coreografia de escola. É que hoje em dia tem tantos cantores que cantam e dançam tão bem (vide o caso do Justin Timberlake, por exemplo, que também era de uma boy band), que ver um quinteto de homens com cerca de 40 anos ou mais fazendo passinhos sem energia me frustrou um pouco. Vai ver eles já cansaram.

Foram pouco mais de duas horas de apresentação. Certa hora Brian disse que eles já estão juntos há 22 anos e que ele pensaria nos próximos 22. Enquanto eles venderem, tudo bem, mas duvido que a indústria fonográfica ainda dê para eles uma carreira muito mais longa. É que os adolescentes dos anos 90 cresceram (eu inclusive) e o caminho natural das coisas é que os gostos musicais mudem, se tornem mais refinados. Não que uma banda de música pop não tenha qualidade. Longe disso.

É que, como eu disse lá em cima, os adolescentes de hoje não querem se "apaixonar", gritar, arrancar os cabelos e tudo mais pelos Backstreet Boys. Eles já têm "carne mais nova no pedaço" à disposição para o seu consumo. Cada geração terá a sua boy band. Foi assim com os New Kids On The Block, Menudo, etc. E aqueles que curtiam os BSB podem até consumir suas músicas e ir em shows como os de ontem, mas será que isso é o suficiente para mantê-los na ativa por mais quanto tempo? Até eles mesmos devem ter outras prioridades na vida. Não por agora, mas mais pra frente. Tudo tem o seu ciclo. A vida é assim: ascensão, apogeu e queda.

Mas foi bom relembrar os hits do passado e cantar e dançar junto com os BSB. Para aumentar ainda mais a minha alegria, só faltava mesmo as Spice Girls fazerem o mesmo. Quem sabe um dia?

E você, foi ao show dos Backstreet Boys? Curtiu? Concorda ou discorda do que eu escrevi?
Deixe seu comentário! O espaço aqui é democrático!

quinta-feira, 21 de maio de 2015

Até onde você iria por amor?

“Senhora dos Afogados” – de Nelson Rodrigues – a mais nova montagem da Cia da Farsa, mostra a linha tênue que separa o amor e a loucura

Depois de fazer sucesso na 41ª Campanha de Popularização do Teatro e da Dança, a Cia da Farsa, premiado grupo de teatro com 13 anos de história, volta em cartaz em Belo Horizonte com um dos textos mais polêmicos do teatro brasileiro: “Senhora dos Afogados”. A obra, escrita por Nelson Rodrigues em 1947, ganhou uma adaptação contemporânea, que moderniza o mito de Electra.

Tudo começa com o velório de Clarinha, segunda filha da tradicional família Drummond a morrer afogada. Mas afinal, a menina se matou ou foi um acidente? O mistério aumenta quando o patriarca da família, Misael, recém-empossado ministro, passa a ser assombrado por um fantasma do passado, ao mesmo tempo em que é confrontado pelo noivo da filha Moema, um homem em busca de vingança. Uma trama cheia de segredos revelados e com um final surpreendente.

Segundo o diretor convidado João Valadares, apesar da tragédia, o amor é um dos principais pilares da peça. “Senhora dos Afogados é como uma missa rezada às avessas. Os personagens, de certa forma, estão pecando, cometendo grandes crimes, mas tudo em nome do amor. O público irá encarar questões importantes do cotidiano, do ser - humano, mas tudo com diversão. É um espetáculo honesto, com a nossa leitura, que traz bastante da trajetória da Cia da Farsa”, diz.

Indicado ao Prêmio Copasa Sinparc de Artes Cênicas 2015 na categoria “Melhor Criação de Luz”, por Felipe Cosse e Juliano Coelho, “Senhora dos Afogados” inova ao trazer para a trilha sonora apenas canções de rock das bandas Talking Heads e Radiohead. O cenário é de Yuri Simon, os figurinos de Steysse Reis, maquiagem de Gabriela Domingues, e preparação corporal e assistência de direção de Anderson Vieira. No elenco estão os atores Alex Zanonn, Alexandre Toledo, Marcus Labatti, Pedro Vieira e Sidneia Simões.

SERVIÇO

Cia da Farsa apresenta: “Senhora dos Afogados”, de Nelson Rodrigues
Quando: De 05 a 21 de junho – Sextas e sábados às 21h, domingos às 19h
Local: Teatro Marília – Av. Alfredo Balena, nº 586 – Santa Efigênia
Ingressos: Na bilheteria: R$ 30 (inteira), R$ 15 (meia)
Nos postos do Sinparc: R$ 12 (preço único)
Lista amiga: mande seu nome para o e-mail ciadafarsa@gmail.com e pague R$ 10
Classificação indicativa: 16 anos / Informações: (31) 3277-6319

sábado, 2 de maio de 2015

O que você faria se parasse de ver as pessoas?

Essa semana eu tive a oportunidade de assistir a pré-estreia do filme "Entre Abelhas" e, de quebra, entrevistar o ator Fábio Porchat, que veio a Belo Horizonte divulgar o longa-metragem.

Apesar do pouco tempo que tive para conversar com ele (cerca de 3 minutos e meio - o que pra rádio é até um tempo considerável), deu pra perceber como o Porchat está feliz com este novo projeto, que foge bastante do estilo em que a gente está acostumado a vê-lo.

Em "Entre Abelhas" ele vive Bruno, um editor de imagens recém-separado da esposa que passa a não mais enxergar as pessoas. Elas vão desaparecendo, literalmente, inclusive das fotos. Ele tropeça no ar, esbarra no que não vê... Com a ajuda da mãe, vivida pela ótima Irene Ravache e do melhor amigo, interpretado por Marcos Veras, ele vai tentar descobrir o que se passa na sua vida. No elenco estão presentes ainda os atores Marcelo Valle, Giovanna Lancellotti e Letícia Lima.

A proposta do filme é bem interessante e prende a atenção do espectador. Afinal, o que está acontecendo com ele? A gente fica o tempo todo tentando encontrar uma explicação lógica, esperando o momento em que Bruno voltará a enxergar as pessoas.

"Entre Abelhas" tem toques de humor. Não é um filme para dar gargalhadas, mas também não é do tipo que nos faz chorar. É uma tragicomédia nervosa. A própria figura do Porchat (e de alguns de seus colegas de "Porta dos Fundos" que estão no elenco) já é engraçada por natureza, mas é bom separar as coisas. Não é esse o objetivo do filme. Inclusive há cenas bem dramáticas, como quando ele se encontra sozinho numa São Paulo deserta, ou quando a mãe, doente, passa mal e ele não consegue enxergá-la ou ajudá-la.

O roteiro é do Porchat e do amigo dele, Ian SBF, que também assina a direção. O final, que eu não vou revelar aqui, claro, dá margem para várias interpretações. Uns acham genial, outros, frustrante. Vá e tire suas próprias conclusões.

Quanto à entrevista que eu fiz com ele, ela foi ao ar no Cinefonia deste sábado, 02 de maio, programa de cinema que eu produzo na Rádio Inconfidência. Se você quiser conferi-la, basta clicar aqui.

Abaixo, a minha foto com o Porchat depois da entrevista. Um daqueles momentos em que é difícil separar o jornalista do fã...

domingo, 26 de abril de 2015

O tempo que nos resta

O Teatro em Movimento recebe, em Belo Horizonte, Andréa Beltrão, Malu Galli e Mariana Lima com “Nômades”. No espetáculo, as três atrizes vivem o luto pela perda de uma amiga, também atriz. Em um único dia, entre a notícia da morte inesperada e as homenagens feitas no enterro, a peça mostra as diferentes reações de cada uma delas. A indignação, a tristeza, a saudade e as autoacusações se misturam a uma vontade selvagem de encenar um inconformismo com a morte e as revelações que ela traz. 

Com direção de Marcio Abreu, que dirigiu o Grupo Galpão em “Pequenos Milagres”, e conhecido por seu trabalho à frente da Companhia Brasileira de Teatro, de Curitiba, e dramaturgia do próprio diretor e de Patrick Pessoa, em colaboração com as três atrizes e Newton Moreno, “a peça é sobre o que a gente faz da nossa vida com o tempo que nos resta”.

SERVIÇO:

“Nômades”, com Andrea Beltrao, Malu Galli e Mariana Lima
Classificação: 14 anos - Duração: 80 minutos
Dias/Horários: dias 8 e 9 de maio - sexta, às 21h e sábado, às 20h
Local: Cine Theatro Brasil Valourec – Praça 7, S/N, Centro
Ingressos: Plateia I: R$ 70,00 / Plateia II (mezanino): R$ 60,00 / Balcão: R$ 50,00 - Valor promocional limitado a 20% da capacidade da casa. Meia entrada válida para maiores de 60 anos e para estudantes devidamente identificados (conforme MP 2208/2001)
Vendas: bilheteria do teatro ou www.ingresso.com
Informações: (31) 3201-5211
www.teatroemmovimento.com.br / www.cinetheatrobrasil.com.br

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Kiss em BH

 

Fãs do Kiss já estão enlouquecidos com a contagem regressiva para o esperado show em Belo Horizonte. Uma das bandas de hard rock mais influentes e cultuadas de todos os tempos fará show histórico no palco do Mineirinho, no próximo dia 23. Com mais de 100 milhões de discos vendidos, Paul Stanley, Gene Simmons, Tommy Thayer e Eric Singer trazem para a capital mineira a turnê em comemoração aos 40 anos de sucesso.

O público não poderá entrar com nenhum tipo de bebida ou comida no Mineirinho. Também está terminantemente proibida a entrada de pessoas com objetos cortantes, pontiagudos, armas, etc. 


De acordo com a produção do evento, a abertura dos portões será realizada, às 16h, para que o público possa entrar com calma e se acomodar da melhor forma. 

O show de abertura ficará por conta dos irreverentes do Steel Panther, às 19h. O Kiss subirá ao palco, exatamente, às 21h. Durante o espetáculo, o público poderá conferir um repertório composto por hinos clássicos da carreira como Detroit Rock City, Rock And Roll All Nite, Forever e I Love It Loud.

Serviço:

Kiss 40 anos
Data: 23 de abril (quinta-feira)
Abertura dos portões: às 16h
Show de abertura (Steel Panther): às 19h
Show principal (Kiss): às 21h
Local: Estádio Jornalista Felipe Drummond (Mineirinho) – Av. Antônio Abrahão Caram, 1000, bairro São Luis - BH/MG
Classificação etária: 16 anos (menores de 16 anos somente acompanhados dos pais ou responsáveis legais)
Capacidade: 15.000 pessoas
Preços dos ingressos:
Arquibancada (cadeira superior): R$ 200 (inteira) / R$ 100 (meia)
Pista: R$400 (inteira) / R$200 (meia)
Pista Premium: R$600 (inteira) / R$300 (meia)

domingo, 12 de abril de 2015

Insurgente: quando o filme é melhor que o livro

Quando eu assisti o filme "Divergente" nos cinemas, em 2014, gostei tanto que resolvi comprar os livros da série. Li o primeiro livro da trilogia e fiquei com aquela sensação de que o filme foi até melhor. Geralmente isso é raro: os livros são bem melhores que os filmes, até mesmo por uma questão de tempo. As adaptações para o cinema costumam deixar muita coisa boa de fora.

Meu objetivo era ler "Insurgente" antes de ver o filme. E assim o fiz. Achei o livro mais fraco que o primeiro. Algumas partes são chatas e cansativas, pouca coisa acontece e tem muito mimimi da personagem Tris, que se sente culpada pela morte do amigo Will. Quando fui ao cinema, esperava que o filme não fosse lá grandes coisas.

E não é que eu estava errado? O filme é muito bom, infinitamente melhor que o livro. Inclusive, se eu fosse a autora, Veronica Roth, ia ficar possessa, pois eles mudaram a história, e muito! Mas o que se viu é que a trama ganhou ritmo e as alternativas encontradas foram ótimas para amarrar a história. É um filme de ação, então tem muitas cenas de perseguição, lutas, rebeliões e tiros.

Em "Insurgente", a introdução é rápida o suficiente para explicar que, num futuro pós-apocalíptico, a sociedade foi dividida em cinco facções, cada uma responsável por um setor: Abnegação, Audácia, Amizade, Franqueza e Erudição. Quem tem aptidões para se encaixar em mais de uma delas é considerado um divergente, uma ameaça ao sistema. Tris é uma delas. Mas se eu fosse você, nem tentava ver "Insurgente" sem ter visto antes "Divergente".  

Shailene Woodley, que havia cortado os cabelos curtos para viver a protagonista de "A Culpa é das Estrelas", está de volta. Veio bem a calhar, já que nos livros Tris também muda o visual. Ela consegue trazer pra si os holofotes de grande heroína do filme, deixando seu par romântico, o jovem Tobias Eaton, como mero coadjuvante. Ela luta, corre, atira, se doa para salvar os amigos e enfrenta com maestria as grandes simulações impostas por Jeanine (Kate Winslet), líder da Erudição e grande vilã da história. No filme ela precisa ser bem sucedida nos testes de realidade virtual para abrir uma espécie de artefato que explicaria o porquê do mundo estar daquele jeito - coisa que não existe no livro!

Quatro (Theo James), o namorado de Tris, como é chamado, até tem um embate psicológico maior em "Insurgente", uma vez que reencontra a mãe, líder dos sem-facção, vivida por Naomi Watts. A talentosa atriz aparece pouco e deve ganhar mais espaço no terceiro filme. E espere também por uma virada de atitude do irmão de Tris, Caleb (Ansel Elgort).

"Insurgente" tem ótimos efeitos visuais, que devem ficar muito mais realistas numa sala 3D (eu vi o filme 2D mesmo). Jogos Vorazes, que eu também acompanho, é melhor, mas ainda assim a trilogia de Veronica Roth não é de se jogar fora. 

O bom desempenho nas bilheterias deve se repetir nos dois próximos longas. Sim, "Convergente", o último livro da série, será adaptado para o cinema, divido em duas partes (novidade...), e estreiam em 2016 e 2017. Aliás, ele é o próximo livro que irei ler.  

sexta-feira, 10 de abril de 2015

Camille e Rodin: Relação tortuosa nos palcos de BH



 
Após mais de 200 apresentações por todo o Brasil, o espetáculo “Camille e Rodin” retorna aos palcos de BH nos dias 17 e 18 de abril, sexta e sábado, às 21h, no Cine Theatro Brasil Vallourec.

Os experientes atores Leopoldo Pacheco e Melissa Vettore dão vida a uma história de amor que se confunde com as carreiras de dois grandes nomes da arte mundial, Auguste Rodin e Camille Claudel. O casal de artistas franceses viveu uma relação tortuosa durante 15 anos, um encontro intenso de amor e conflitos que determinou a vida e a carreira de ambos.

As apresentações integram a Mostra Cine Brasil Teatro e Música, criada em 2014 com a proposta de promover o intercâmbio de grandes nomes nacionais e internacionais com artistas locais e contribuir para a formação de novos públicos. Além do espetáculo, Leopoldo Pacheco e Melissa Vettore ministrarão um workshop gratuito para atores profissionais e em formação sobre a construção do corpo e intepretação, a partir das técnicas corporais desenvolvidas para a criação de “Camille e Rodin”.

Sobre o espetáculo

De um lado, Camille Claudel, uma jovem intuitiva, dona de uma imaginação excepcional, uma mulher determinada que quebrou laços com sua classe social e a moral vigente, entrando em conflito com sua família e com as normas de conduta bem aceitas em sua época para se tornar uma artista grandiosa. De outro, Auguste Rodin, um gênio já maduro que com seu trabalho e talento se transformou no maior escultor de todos os tempos, representando através de sua arte as paixões humanas.

O espetáculo reconstrói esse encontro, que se transforma numa paixão arrebatadora e em um impulso artístico para ambos, dois gênios criativos, que passaram suas vidas em busca de amor, compreensão e liberdade. Sem Camille, Rodin possivelmente não teria feito suas obras mais apaixonadas e, sem Rodin, Camille não seria a artista fantástica e nem o mito em que se transformou.

Para essa montagem foi encomendado a Franz Keppler um texto inédito. A pesquisa para a construção desse espetáculo foi feita por Franz Keppler e Melissa Vettore, baseando-se nos principais biógrafos dos escultores, com destaque para Reine Maire Paris (sobrinha-neta de Camille), a autora Liliana Wahba, e a partir da análise crítica e poética de Paul Claudel (irmão de Camille).

A direção do consagrado ator e diretor Elias Andreato foge de uma forma teatral tradicional de apresentar biografias. O que interessa aqui é o sentimento essencial que estes artistas trazem e que renova o olhar atual. E é assim, escapando das formalidades, que o público se situa na Paris de Rimbaud, Verlaine, Debussy, Monet, Victor Hugo, que libertaram o povo para sempre do academicismo.

SERVIÇO:

Mostra Cine Brasil Teatro e Música
Espetáculo “Camille e Rodin”
Datas: 17 e 18 de abril (sexta e sábado, às 21h)
Local: Grande Teatro do Cine Theatro Brasil Vallourec.
Cine Theatro Brasil Vallourec (Praça Sete – Centro).
Classificação: 12 anos
Duração: 75 minutos
Ingressos à venda na bilheteria do teatro:
R$ 40,00 [inteira]
R$ 20,00 [meia]
Informações para o público: (31) 3201-5211

Workshop “Esculpindo o personagem” – Construção de corpo e interpretação
Com Leopoldo Pacheco e Melissa Vettore
Dia 19 de abril, domingo, das 14h às 18h.
Inscrições gratuitas. Encaminhar currículo para aprovação, até 15 de abril, para o e-mail: cursos@galpaocinehorto.com.br
Mais informações: www.galpaocinehorto.com.br