segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Faroeste jurássico

É até sacanagem comparar as mais recentes animações dos estúdios Disney/Pixar. Enquanto "Divertidamente" fez bonito ao faturar quase US$ 900 milhões mundo afora, "O Bom Dinossauro" tem amargado míseros US$ 300 milhões (US$ 50 milhões a menos do que custou).

OK, não é um prejuízo estrondoso, mas para os produtores que só pensam em cifras, dificilmente o filme terá uma continuação, por exemplo - algo muito comum entre as animações hoje em dia. E eu posso dizer que se trata de uma grande injustiça. "O Bom Dinossauro" é um belo filme sobre amizade.

Sabe o meteoro que caiu na Terra e extinguiu os dinossauros? Então, dessa vez ele passa "raspando" em nosso planeta. Resultado? Após milhões de anos, são os seres jurássicos que estão no comando. E naquilo que poderíamos chamar de "uma fazenda no Arizona, Estados Unidos", vive Arlo e sua família.

Eles são apatossauros e vivem da subsistência: arar, plantar, regar, colher, armazenar alimentos. Uma vidinha bastante pacata. Cada um tem uma função na casa. Só que Arlo é bem medroso e mal consegue alimentar uma espécie de galinha pré-histórica sem se atrapalhar todo. Disposto a mostrar um ato de bravura, ele se dispõe a capturar uma criatura que estava roubando alimento da família.

É aí que o bicho pega: a tal criatura é um menino das cavernas bem feroz. Os dois vão acabar se afastando de casa e terão que enfrentar uma longa jornada - cheia de perigos, diga-se de passagem, para retornar ao lar. E o que era antipatia irá se transformar numa linda amizade.

Spot, a criança humana, está mais para o "cachorrinho" de Arlo e é responsável pelas melhores cenas do filme. E ao contrário do que você possa pensar, os tiranossauros do pôster não são os vilões do longa-metragem. A ameaça principal são pterodáctilos famintos, em cujas falas se percebe uma clara referência ao fanatismo religioso dos dias atuais 

O visual do filme impressiona. As cenas de natureza parecem incrivelmente reais, o que destoa dos dinossauros, que têm aspecto de desenho animado. São cenários que lembram os filmes de faroeste.

Em sua jornada, Arlo vai crescer, amadurecer, vencer seus medos e aceitar que laços fraternos às vezes também precisam ser desatados. "O Bom Dinossauro" pode não ser a melhor animação dos últimos tempos, mas é uma das mais emocionantes que eu já assisti, sem dúvida. 

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Belo Horizonte recebe a 42ª Campanha de Popularização do Teatro e da Dança


Conhecida como um dos eventos mais tradicionais da cena cultural de Belo Horizonte e como a maior ação de popularização das artes cênicas do país, a Campanha de Popularização do Teatro e da Dança traz, em 2016, 159 espetáculos, sendo 62 inéditos, 103 para o público adulto, 43 peças infantis, 11 apresentações de dança e duas de rua, que serão exibidos entre os dias 6 de janeiro e 6 de março, em diferentes endereços da capital mineira.

Promovida pelo Sindicato dos Produtores de Artes Cênicas de Minas Gerais (Sinparc), o tema desta edição será “BH tem Campanha”. Com programação diversificada, o evento terá preços populares: R$ 5, R$ 10, R$ 12 e R$ 15, conforme o espetáculo. Esses valores são promocionais para ingressos adquiridos nos Postos de Venda da Campanha e pela internet. Na bilheteria dos teatros, os preços variam conforme cada estabelecimento.

De acordo com os organizadores, a expectativa de público desta edição é de 350 mil pessoas. Uma novidade é a utilização de aplicativos na compra de ingresso. Além da compra online no site www.sinparc.com.br, o público poderá utilizar o novo aplicativo do Sinparc, Vá ao Teatro MG, www.vaaoteatromg.com.br/mobile, que tem download gratuito para tablets e smarthphones, acessar a programação completa da 42ª Campanha e comprar os ingressos sem precisar entrar na fila.

Outro aplicativo é o Teatro Brasil, www.appteatrobrasil.com.br/noar, que apresenta a programação completa das salas de espetáculos de todo o país. Também com download gratuito para tablets e smarthphones, o recurso, inédito no Brasil, direciona o público para o site de compra Vá ao Teatro MG.

A 42ª Campanha se estenderá às cidades de Betim, Conceição do Mato Dentro, Juiz de Fora, Nova Lima e Sete Lagoas.

Serviço

42ª Campanha de Popularização do Teatro e Dança - Belo Horizonte
Data: 6 de janeiro a 6 de março de 2016
Preço: R$ 5, R$ 10, R$ 12 e R$ 15 (preço nos postos de venda para peças adulto, infantil e dança).
Nas bilheterias dos teatros, os preços são diferentes, conforme cada estabelecimento.

Postos de venda do Sinparc:

Mercado das Flores
Av. Afonso Pena, 1.055 - esquina com Rua da Bahia
Diariamente, das 9h às 19h
Funcionamento: 4 jan a 6 mar

Shopping Cidade (Piso Tupis)
Rua Tupis, 337 – Centro
Segunda a sábado, das 10h às 19h, domingos, das 14h às 18h
Funcionamento: 6 jan a 6 mar (exceto 6 a 9 fev. Retorno dia 10 fev, às 12h)

Shopping Pátio Savassi (Piso L3)
Av. do Contorno, 6.061 - Funcionários
Segunda a sábado, das 14h às 19h, domingos, das 14h às 18h
Funcionamento: 6 jan a 6 mar (exceto 6 a 9 fev. Retorno dia 10 fev, às 12h)

Shopping Estação (1º Piso)
Av. Cristiano Machado, 11.833 – Venda Nova
Segunda a sábado, das 14h às 19h, domingos, das 14h às 18h
Funcionamento: 6 jan a 6 mar (exceto 6 a 9 fev. Retorno dia 10 fev, às 12h)

Metropolitan Shopping Betim (3º Piso)
Rodovia Fernão Dias - km 492, 601
Segunda a sábado, das 10h às 19h, domingos, das 14h às 18h
Funcionamento: 6 jan a 6 mar (exceto 6 a 9 fev. Retorno dia 10 fev, às 12h)

ItaúPower Shopping (2º Piso)
Av Gen. David Sarnoff, 5.160 – Cidade Industrial
Terça a sábado, das 14h às 19h, domingos, das 14h às 18h
Funcionamento: 6 jan a 6 mar (exceto 6 a 9 fev. Retorno dia 10 fev, às 12h)

Shopping Del Rey
Av. Presidente Carlos Luz, 3.001 – Pampulha
Segunda a sábado, das 14h às 19h, domingos, das 14h às 18h
Funcionamento: 6 jan a 6 mar (exceto 6 a 9 fev. Retorno dia 10 fev, às 12h)

Venda On-line e Aplicativos da Campanha
Venda on line - www.sinparc.com.br
Aplicativo “Vá ao Teatro MG” - www.vaaoteatromg.com.br/mobile
Aplicativo Teatro Brasil - www.appteatrobrasil.com.br/noar/
Download gratuito.

Informações: www.sinparc.com.br – (31) 3272-7487

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Ninguém te ama como seus avós. Será?


Eu gosto do diretor M. Night Shyamalan. Acho injusto quando dizem que ele perdeu a velha forma depois do sucesso de “O Sexto Sentido”.

Mesmo sem conseguir superar o sucesso de seu filme mais famoso, eu curti outros longas dele, tais como “Corpo Fechado”, “Sinais”, “A Vila”, “A Dama na Água” e “Fim dos Tempos”, só pra citar alguns.

Li na imprensa que ele se redimiu dos recentes fracassos com o seu novo longa-metragem, “A Visita”. Bom sinal, afinal, se até a crítica especializada estava falando bem do filme, ele devia ser mesmo bom. Pois bem, assisti e achei o resultado muito impressionante!

Nele, dois irmãos vão passar uma semana na fazenda dos avós, na gelada Pensilvânia. A mãe deles não se dava bem com os pais, então eles nunca se conheceram. O que era para ser uma visita divertida e tranquila se transforma numa experiência aterradora quando eles descobrem que os
idosos estão envolvidos numa situação perturbadora.

Os doces velhinhos, que sempre parecem querer entupir os netos de gostosuras, vão se mostrando figuras enigmáticas, com estranhos hábitos noturnos. É muito esquisito, de arrepiar! Não dá pra revelar muita coisa sem contar partes importantes do filme, e todo mundo sabe que, em se tratando de M. Night Shyamalan, os finais dos filmes sempre são surpreendentes.

Olivia DeJonge é a jovem que sonha em ser cineasta. Seu irmão mais novo, vivido por Ed Oxenbould, quer ser rapper. No intuito de documentar o que seria essa primeira semana com os avós, eles estão sempre com câmeras nas mãos, registrando tudo, e é daí que vem o estilo “found footage” escolhido pelo diretor para contar essa história. Esse recurso já foi utilizado à exaustão em inúmeros filmes – o mais famoso deles foi “A Bruxa de Blair”. Pode parecer batido, mas funciona muito bem nessa história.

“A Visita” não se trata de um terror tradicional, e sim de um “terrir”, já que tem muitos momentos engraçados. Mas não é uma comédia, longe disso. Está mais para um suspense com alguns poucos sustos, mas cuja história é recheada de tensão. O alívio cômico vem da relação entre os dois irmãos adolescentes, que são ótimos, e já fazem o filme valer a pena.

Pena que ficou tão pouco tempo em cartaz nos cinemas. Mas é uma excelente opção pra quem quer ficar grudado no sofá da sala em frente a TV.