quarta-feira, 10 de junho de 2015

Backstreet's Back!


Ontem teve show dos Backstreet Boys no Chevrolet Hall em BH e eu estava lá. A apresentação fez parte da turnê "In a World Like This", que tem percorrido algumas capitais brasileiras. O que vou narrar a seguir foram as impressões que eu tive do show.

Primeiramente, eu nunca peguei uma fila tão grande para entrar no Chevrolet Hall. Cheguei com 1h30 de antecedência e mesmo assim a fila saía da porta do local, subia a Av. Nossa Senhora do Carmo, contornava o Colégio Dom Silvério e ia até a entrada do Pátio Savassi pela Rua Lavras, e depois voltava por quase todo o trajeto. Apesar de gigantesca, ela estava organizada. Eu e minha namorada Danielle fizemos este "percurso" em cerca de 50 minutos. Pronto, entramos.


Lá dentro as fãs mais histéricas se acotovelavam bem próximas ao palco. Como não gosto de muvuca, convenci a Dani a ficar numa das arquibancadas laterais. Marcado para começar às 21h30, o show atrasou 15 minutos, o que não foi muito, ainda mais por se tratar de uma terça-feira. Eu e com certeza centenas de pessoas que estavam ali tinham que acordar cedo no dia seguinte para trabalhar.

Apesar dos ingressos terem se esgotado, ainda tinha espaço no final da pista. Acho que a mulherada se espremeu tanto para ficar mais perto do palco que o fundão ficou meio vazio. E a maior parte do público era esse mesmo: mulheres entre 20 e 30 anos. Homens geralmente eram acompanhantes. Tinham algumas adolescentes, mas creio que essas foram mais pelo fato de ser um show internacional de uma boy band em BH, do que pelos Backstreet Boys em si. Como pertencem a outra geração, elas devem gostar mais de One Direction ou Justin Bieber.

Não sou fã do quinteto, mas não tenho vergonha em dizer que gosto da maioria das músicas. Elas me remetem à minha adolescência, período em que os BSB dominavam as paradas do Disk MTV e Top 20 Brasil junto com as Spice Girls.

Mas vamos ao show em si. Achei ruim o fato de não ter uma banda tocando ao vivo com eles. Eles cantavam ao vivo, mas a base era playback. Dava pra ver a mesa do DJ à esquerda do palco, que soltava as bases pré-gravadas. Em alguns momentos eles tocaram alguns instrumentos ao vivo. Teve até uma parte inteiramente acústica, em que várias fãs subiram ao palco e ficaram sentadas lá no fundo. Pra mim essa foi a pior parte do show, sinceramente.

O cenário era composto por um enorme telão ao fundo e uma escadaria, onde eles subiam e desciam. Imagens eram projetadas o tempo todo, inclusive nos degraus.

Simpáticos, extrovertidos e falantes, Brian, Nick, Howie D, AJ e Kevin se mostraram descontraídos perante as milhares de pessoas que não paravam de gritar seus nomes. Alguns pareciam até estar ligados em 220 volts, como Nick Carter, que usou e abusou de suas caras e bocas características.

Me pareceu que as brasileiras gostam mais do Kevin (ele foi o mais ovacionado), porém o mais legal deles, na minha opinião, foi o Brian. Teve uma hora em que ele ficou sem entender os gritos de "lindo, tesão, bonito e gostosão",e teve uma reação bem engraçada, já que tentou imitar os gestos de uma menina que tentava traduzir pra ele o que aquilo tudo significava.

Em se tratando de música, a maior parte dos hits estiveram presentes. O set list foi esse:

The call - Mal deu pra entender o que eles cantavam. Deviam estar acertando o som, já que era a primeira música.
Don't want you back - Ainda no embalo do aquecimento
Incomplete - Essa foi legal, cantada em coro
Permanent stain - Não conhecia
All I have to give - Bacana, teve dancinha com chapéus
As long as you love me - Uma das mais famosas
Show 'em (What you're made of) - Não conhecia
Show me the meaning of being lonely - Essa foi boa também
Breathe - Acho que já tinha ouvido uma vez
I'll never break your heart - Legal
We've got it goin' on - Colocou o povo pra dançar

Parte acústica:


Drowning - cantaram só um trechinho e o público emendou o resto do refrão
10,000 promises - Não conhecia
Madeleine - me pareceu música solo do Nick
Quit playing games (With my heart) - Uma das minhas preferidas, mas não gostei do arranjo

The one - Muito boa!
Love somebody - Não conhecia
Shape of my heart - Cantaram essa no lugar de More Than That
In a world like this - A canção que dá nome à turnê não poderia ficar de fora
I want it that way - Colocaram um "batidão" nela

Bis:

Everybody (Backstreet's back) - Muito boa! Com a coreografia das mãozinhas e tudo.
Larger than life - Fecharam com chave de ouro

As melhores pra mim foram justamente as duas últimas, já que elas são bem animadas e colocaram todo mundo pra dançar. Senti falta de Get Down. 




Me desculpem as mais fanáticas mas achei as coreografias fracas. Com exceção da dança com chapéus em "All I Have To Give", o resto ficou parecendo coreografia de escola. É que hoje em dia tem tantos cantores que cantam e dançam tão bem (vide o caso do Justin Timberlake, por exemplo, que também era de uma boy band), que ver um quinteto de homens com cerca de 40 anos ou mais fazendo passinhos sem energia me frustrou um pouco. Vai ver eles já cansaram.

Foram pouco mais de duas horas de apresentação. Certa hora Brian disse que eles já estão juntos há 22 anos e que ele pensaria nos próximos 22. Enquanto eles venderem, tudo bem, mas duvido que a indústria fonográfica ainda dê para eles uma carreira muito mais longa. É que os adolescentes dos anos 90 cresceram (eu inclusive) e o caminho natural das coisas é que os gostos musicais mudem, se tornem mais refinados. Não que uma banda de música pop não tenha qualidade. Longe disso.

É que, como eu disse lá em cima, os adolescentes de hoje não querem se "apaixonar", gritar, arrancar os cabelos e tudo mais pelos Backstreet Boys. Eles já têm "carne mais nova no pedaço" à disposição para o seu consumo. Cada geração terá a sua boy band. Foi assim com os New Kids On The Block, Menudo, etc. E aqueles que curtiam os BSB podem até consumir suas músicas e ir em shows como os de ontem, mas será que isso é o suficiente para mantê-los na ativa por mais quanto tempo? Até eles mesmos devem ter outras prioridades na vida. Não por agora, mas mais pra frente. Tudo tem o seu ciclo. A vida é assim: ascensão, apogeu e queda.

Mas foi bom relembrar os hits do passado e cantar e dançar junto com os BSB. Para aumentar ainda mais a minha alegria, só faltava mesmo as Spice Girls fazerem o mesmo. Quem sabe um dia?

E você, foi ao show dos Backstreet Boys? Curtiu? Concorda ou discorda do que eu escrevi?
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