segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Ninguém te ama como seus avós. Será?


Eu gosto do diretor M. Night Shyamalan. Acho injusto quando dizem que ele perdeu a velha forma depois do sucesso de “O Sexto Sentido”.

Mesmo sem conseguir superar o sucesso de seu filme mais famoso, eu curti outros longas dele, tais como “Corpo Fechado”, “Sinais”, “A Vila”, “A Dama na Água” e “Fim dos Tempos”, só pra citar alguns.

Li na imprensa que ele se redimiu dos recentes fracassos com o seu novo longa-metragem, “A Visita”. Bom sinal, afinal, se até a crítica especializada estava falando bem do filme, ele devia ser mesmo bom. Pois bem, assisti e achei o resultado muito impressionante!

Nele, dois irmãos vão passar uma semana na fazenda dos avós, na gelada Pensilvânia. A mãe deles não se dava bem com os pais, então eles nunca se conheceram. O que era para ser uma visita divertida e tranquila se transforma numa experiência aterradora quando eles descobrem que os
idosos estão envolvidos numa situação perturbadora.

Os doces velhinhos, que sempre parecem querer entupir os netos de gostosuras, vão se mostrando figuras enigmáticas, com estranhos hábitos noturnos. É muito esquisito, de arrepiar! Não dá pra revelar muita coisa sem contar partes importantes do filme, e todo mundo sabe que, em se tratando de M. Night Shyamalan, os finais dos filmes sempre são surpreendentes.

Olivia DeJonge é a jovem que sonha em ser cineasta. Seu irmão mais novo, vivido por Ed Oxenbould, quer ser rapper. No intuito de documentar o que seria essa primeira semana com os avós, eles estão sempre com câmeras nas mãos, registrando tudo, e é daí que vem o estilo “found footage” escolhido pelo diretor para contar essa história. Esse recurso já foi utilizado à exaustão em inúmeros filmes – o mais famoso deles foi “A Bruxa de Blair”. Pode parecer batido, mas funciona muito bem nessa história.

“A Visita” não se trata de um terror tradicional, e sim de um “terrir”, já que tem muitos momentos engraçados. Mas não é uma comédia, longe disso. Está mais para um suspense com alguns poucos sustos, mas cuja história é recheada de tensão. O alívio cômico vem da relação entre os dois irmãos adolescentes, que são ótimos, e já fazem o filme valer a pena.

Pena que ficou tão pouco tempo em cartaz nos cinemas. Mas é uma excelente opção pra quem quer ficar grudado no sofá da sala em frente a TV.


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