sábado, 24 de maio de 2014

X-Men e o futuro do pretérito

* Contém spoilers

Você sabe quantos filmes dos X-Men já foram feitos? Vamos lá: "X-Men - O Filme" (2000), "X-Men 2" (2003), "X-Men - O Confronto Final" (2006), "X-Men - Primeira Classe" (2011), além dos filmes do Wolverine: "X-Men Origens - Wolverine" (2009) e "Wolverine - Imortal" (2013). Ou seja, é filme pra caramba, o que faz da franquia uma das mais lucrativas da história do cinema.

E acaba de estrear o novo longa-metragem da série, "X-Men - Dias de Um Futuro Esquecido", novamente dirigido por Bryan Singer (que havia comandado os dois primeiros). Uma volta triunfal, diga-se de passagem, já que o filme é fantástico!

A históia começa num futuro apocalíptico, onde os mutantes são caçados impiedosamente pelas Sentinelas, gigantescos robôs criados por Bolívar Trask (Peter Dinklage). Os poucos sobreviventes precisam viver escondidos, caso contrário serão também mortos. Entre eles estão o professor Charles Xavier (Patrick Stewart), Magneto (Ian McKellen), Tempestade (Halle Berry), Kitty Pryde (Ellen Page) e Wolverine (Hugh Jackman), que buscam um meio de evitar que sua raça seja aniquilada.

O meio encontrado é enviar a consciência de Wolverine em uma viagem no tempo, rumo aos anos 1970. Lá ela ocupa o corpo do Wolverine da época. Para impedir a ação de Mística (Jennifer Lawrence), que havia assassinado Trask, ele terá de convencer os jovens Professor Xavier (James McAvoy) e Magneto (Michael Fassbender) a trabalhar juntos.

Além de rompidos, os dois enfrentam problemas: X perdeu os poderes por causa de remédios que lhe permitem andar e Magneto está preso em pleno Pentágono pelo suposto assassinato de John F. Kennedy, numa das várias referências políticas do filme, que incluem também a Guerra do Vietnã e a era Richard Nixon.

Um belo roteiro, não?



Os efeitos especiais de "X-Men - Dias de Um Futuro Esquecido" são excepcionais. Preste atenção em como os mutantes enfrentam as sentinelas do futuro, unindo seus poderes em prol de um inimigo em comum. É muito legal. Tem também a cena em que Magneto literalmente arranca um estádio do chão e cerca a Casa Branca. Incrível! Pra não dizer na mais sensacional de todas, quando somos brindados pela performance de Mercúrio (Evan Peters) e sua super velocidade, em meio a um tiroteio na cozinha do Pentágono. Irreverente e magnífica!

Esse lance de colocar as realidades em paralelo, passado e futuro, e como a mudança do passado influi diretamente nos acontecimentos futuros, pode soar um pouco confusa às vezes, mas nada que prejudique a história. Outro mérito foi unir atores de todos os outros filmes, mesmo que alguns tenham apenas algumas pontas. É legal ver seus personagens favoritos ali e até mesmo descobrir o que aconteceu com eles depois desses hiatos. E esse filme abre precedentes também para novos longas-metragens, já que funcionou como um reboot da série.

Como já é de costume nos filmes da Marvel, há também uma cena extra pós-créditos: um jovem de pele azul construindo as pirâmides através da telecinese e sendo idolatrado por uma multidão de egípcios. Trata-se do Apocalypse, um dos maiores vilões do universo X-Men. O filme “X-Men: Apocalypse” já está confirmado para 27 de maio de 2016, com direção do mesmo Bryan Singer. 

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