A Rede CINEART e o Boulevard Shopping inauguram no dia 18 de dezembro a primeira sala IMAX (Imagem Maximum) de Minas Gerais, que vai permitir aos expectadores a experiência cinematográfica mais imersiva do mundo.
A sala 6 do Multiplex, de 250 lugares, foi completamente customizada para receber a nova tecnologia. A abertura ocorre com o lançamento de um dos filmes mais esperados do ano, Star Wars: O Despertar da Força, que será exibido em IMAX 3D.
O diretor J. J. Abrams trabalhou com a equipe da IMAX para fazer as principais seqüências do filme utilizando as câmeras IMAX - que são as de maior resolução do mundo, além de alinharem o som. O diferencial é a expansão vertical, que preenche a tela inteira, a qualidade de imagem cristalina e o áudio digital, que permite uma experiência verdadeiramente envolvente, que faz o público se sentir como se estivesse no filme.
IMAX em Minas Gerais
A Rede CINEART e o Boulevard Shopping são parceiros na inauguração da sala IMAX e juntas investiram 1,5 milhão de dólares. Com 211m² a super tela garante som e imagem em altíssima definição, com resolução 4K. Entre os investimentos para inauguração da sala está o projeto arquitetônico desenvolvido pela equipe canadense da IMAX em parceria com a arquiteta mineira Marina Dubal. Todo o equipamento utilizado é exclusivo da marca IMAX, incluindo audiovisual, projetores, tela gigante e poltronas.
A IMAX oferece um filme completamente diferente: tudo, desde o própria tecnologia do filme à arquitetura da sala, foi desenvolvido e customizado para fazer o expectador acreditar que é parte da ação. IMAX trabalha diretamente com cineastas para aprimorar o filme utilizando o seu processo Digital Re-Mastering®, que oferece excelente qualidade de imagem e som.
Através do sistema de projeção state-of-the art da IMAX, as imagens resultantes são tão realistas e cristalina que a pessoa esquece que você está em um cinema. A IMAX agarra seus sentidos. O público não apenas escuta o potente sistema de som; mas sente tudo ao seu redor. Visualmente, não há nenhum quadro. A arquitetura da sala IMAX cria uma imagem que é maior, mais larga e mais perto - preenchendo toda a visão periférica. Não é um item que torna a experiência IMAX, mas uma combinação de todos estes elementos. Essa é a diferença entre ver um filme e ser parte de um.
A Sala Cineart IMAX fica no Shopping Boulevard – Av. Andradas, 3000, Santa Efigênia. Outras informações pelo site www.boulevardshopping.com.br ou no telefone (31) 2538.7438/7439
Hoje eu vou falar de "Victor Frankenstein", filme que, apesar de levar o nome do médico criador de um dos monstros mais famosos do cinema, é centrado na figura de Igor, ajudante dele.
O longa, dirigido por Paul McGuigan, começa muito bem, por sinal. Nos primeiros minutos mergulhamos num universo circense, onde vive o palhaço corcunda interpretado por Daniel Radcliffe. Ele prova mais uma vez que é um excelente ator e dá vida a um personagem bem diferente do Harry Potter que nos acostumamos a ver.
Tudo é muito bonito nessa Londres de antigamente: a fotografia, a direção de arte... os corpos são mostrados como nos livros de anatomia, através de gráficos e esquemas, uma das paixões do jovem corcunda, sempre maltratado pelos colegas.
Numa das apresentações, a bela Lorelei (Jessica Brown Findlay), paixão platônica do personagem ainda sem nome, cai do trapézio. O corcunda consegue salvar a vida dela juntamente com Victor Frankenstein, um dos espectadores do show naquele dia. Nascia ali uma bela amizade.
Impressionado com o feito, Victor resgata o corcunda do circo e o leva para a sua própria casa. Lá ele lhe dá um nome, Igor, e também uma vida que ele jamais sonhara. Mas tudo isso tem um preço. O cientista precisará de ajuda para atingir o grande objetivo de sua vida: criar vida após a morte.
A partir daí somos apresentados às tentativas - muitas vezes frustradas - de Victor em costurar pedaços de corpos de animais e fazê-los reviver com uma forte descarga elétrica. É como se fosse o protótipo do Frankenstein como o conhecemos. E o conhecimento de Igor em "ligar" essas partes se torna imprescindível. Ao mesmo tempo em que é procurado pela polícia, Victor busca financiamento para colocar em prática seu audacioso plano, desta vez tentando ressuscitar um "ser humano".
Um dos pontos altos de "Victor Frankenstein" é a interpretação de James McAvoy como o cientista que dá nome ao filme. Completamente obcecado, ele alterna com primor momentos de lucidez e loucura. Como a história é narrada pelo ponto de vista de Igor, dá pra perceber como é intensa a transformação do seu mestre. E caberá a ele tomar uma importante decisão: desafiar as leis de Deus e ajudar o homem que lhe proporcionou uma nova vida ou viver uma história de amor com Lorelei?
Você deve estar se perguntando: e o monstro Frankenstein, aparece ou não? Sim, ele está lá, grande, feio, com a cabeça quadrada... O destino dele? Só assistindo pra saber. Até me surpreendi com o final, pra ser sincero.
O filme, apesar de não ser um terror clássico, nos ajuda a conhecer a história do homem por trás do monstro. Mesmo não sendo 100% fiel à obra literária de Mary Shelley, é uma boa diversão.
"... Eu diria que há milhões como eu, mas não há, na realidade: muitos caras têm um gosto musical impecável mas não lêem, muitos caras lêem mas são gordos demais, muitos caras são simpáticos ao feminismo mas têm barbas idiotas, muitos caras têm um senso de humor como o Woody Allen mas se parecem com Woody Allen. Muitos caras bebem demais, muitos caras se comportam de modo idiota ao dirigirem um carro, muitos caras se metem em brigas, ou ostentam seu dinheiro, ou tomam drogas. Eu não faço nenhuma destas coisas, sério; se me dou bem na vida não é por causa das virtudes que tenho, mas por causa das sombras que não tenho..."
Rob Fleming - Alta Fidelidade (Nick Hornby)