sexta-feira, 23 de junho de 2017

Girl Power de volta!

Demorou, mas chegou! Após 76 anos de espera, finalmente o público pode assistir ao filme solo da Mulher-Maravilha. Tudo bem que tivemos um pequeno aperitivo no ano passado, quando a heroína participou de “Batman Versus Superman: A Origem da Justiça”, mas cá entre nós: esse novo filme da DC é um arraso!

A superprodução, a primeira do gênero dirigida por uma mulher – a cineasta Patty Jenkins, corrobora com todo o protagonismo feminino que vimos crescer nos últimos anos. E a qualidade do longa tem se refletido também nas bilheterias, com mais de 600 milhões de Dólares arrecadados mundo afora até então.

Vamos à história: treinada desde cedo para ser uma guerreira imbatível, Diana Prince – interpretada pela atriz israelense Gal Gadot – nunca saiu da paradisíaca ilha de Temiscira, em que é reconhecida como princesa das Amazonas. Quando o piloto Steve Trevor – vivido por Chris Pine (o Capitão Kirk do remake de Star Trek) se acidenta e cai numa praia do local, ela descobre que uma guerra sem precedentes está se espalhando pelo mundo. Ela decide deixar o lar em que sempre viveu, certa de que pode parar o conflito.

Os dois vão para Londres e é lá que acontecem algumas das cenas mais engraçadas do filme, como aquela em que a secretária de Trevor, cheia de tarefas para fazer, tenta explicar a sua função para Diana, ao que ela prontamente responde: “No meu mundo isso se chama escravidão”!

Essa “ingenuidade/inocência” da protagonista não deixa de ser encantadora, afinal ela está num mundo novo, a ponto de achar natural andar de uniforme, espada, laço, braceletes e escudo pelas ruas de Londres. Ela também acha que a guerra é algo promovido pelo Deus Ares, e tentará destruí-lo usando todos os seus poderes.

As cenas de luta são um espetáculo à parte. Há quem reclame do excesso de slow motion, a chamada câmera lenta, mas eu particularmente acho que o efeito estético é muito bonito. A escolha de Gal Gadot, criticada inicialmente até pela diretora do filme, se mostrou acertada. Ela, que chegou a servir as forças armadas israelenses, está deslumbrante no longa-metragem.

Independente, ousada, sexy, corajosa, determinada... a Mulher-Maravilha é tudo isso e muito mais e a imagem dela num filme de ação, com pitadas de aventura e romance, ajuda a concretizar o poder feminino na atualidade – um caminho sem volta, diga-se de passagem.

O mais bacana é ver a reação das crianças, principalmente das meninas, que agora querem se fantasiar de Mulher-Maravilha e usá-la como tema das suas festinhas de aniversário, a ponto de acha-la muito mais legal que “Frozen” – como vi uma garotinha americana dizer numa reportagem.

A personagem retorna no dia 16 de novembro deste ano no filme da “Liga da Justiça”. Mas “Mulher-Maravilha 2” já foi confirmado, inclusive com Patty Jenkins novamente na direção. Na semana em que foi divulgado que Gal Gadot recebeu um cachê bem menor que Henry Cavill, o Superman, para fazer o filme, a gente espera que essas desigualdades sejam extintas o quanto antes.

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