Sempre listado entre os melhores filmes de terror de todos os tempos, Carrie, a Estranha ganhou um remake digno de elogios. Eu não vi o original de 1976 dirigido pelo Brian de Palma e estrelado por Sissy Spacek, mas gostei bastante do novo. A única coisa que eu sabia era da famosa cena do banho de sangue sofrido por Carrie em seu baile de formatura - cena essa já reproduzida em dezenas de outros filmes e séries. Então, tirando isso, o filme era novidade pra mim.
O longa retrata o grande massacre ocorrido na cidade americana de Chamberlain. A responsável é Carrie White, uma adolescente oprimida pela mãe Margaret, uma fanática religiosa (Juiane Moore rouba a cena mais uma vez. Incrível como ela consegue passar toda a loucura da personagem, capaz de se automutilar em nome da fé.). Além dos maus tratos em casa, Carrie também sofre com o bullying dos colegas de escola, que nunca compreenderam sua aparência nem seu comportamento.
Um dia, quando a jovem menstrua pela primeira, ela se desespera e acredita estar morrendo, por nunca ter conversado sobre o tema em casa. Mais uma vez ela é ridicularizada pelas garotas do colégio, que filmam e postam o vídeo na internet. Uma professora fica espantada pela sua falta de informação e uma das alunas que zombaram dela, arrependida, pede que o namorado, um aluno muito popular, a convide para a festa de formatura. Mas uma outra aluna que foi proibida de ir à festa prepara uma terrível armadilha. Dotada de poderes telecinéticos, Carrie irá usá-los durante o baile, quando os jovens mais populares da escola a humilham diante de todos.
No papel da protagonista foi escalada a atriz Chloë Grace Moretz (que já tinha feito antes "A Invenção de Hugo Cabret" e "Sombras da Noite"). Ela está muito bem no papel. Sua transformação é visível: de garota tímida e oprimida, ela passa a dominar seus poderes e até a desafiar a mãe, impondo suas vontades. As cenas de morte no baile são fortes, mas quando ela começa a se vingar dos alunos, a sensação é de "Uh, bem-feito!", sabe? "Quem mandou ficar zoando com a pobre da garota? Agora aguenta as consequências!". (Me senti bem malvado agora, hehehe...)
Tudo bem que esse remake tem suas falhas (ele é claro demais e a edição de som deixa a desejar). Mas pelo menos ele apresentou às novas gerações um dos filmes mais clássicos do gênero. E que ele sirva pelo menos como ponto de partida para que o público assista o original e tire suas próprias conclusões. É o que eu vou fazer.
Abaixo, os trailers do original e do remake.
ATUALIZAÇÃO
Assisti o filme original ontem. Me surpreendeu as cenas de nudez, não achei que teria. As cenas de morte no baile não são tão explícitas. Diferentemente da Juliane Moore, Piper Laurie faz a mãe da Carrie mais histérica. Sissy Spacek está bem no papel. Claro que, comparando com o atual, os efeitos especiais deixam a desejar. Mas mesmo pra época eu não achei o filme tão assustador assim.
terça-feira, 17 de dezembro de 2013
O nome dela é Carrie
Postado por
Pedro Henrique Vieira - Jornalista, ator, cinéfilo, viciado em TV, música, internet e cultura pop em geral!
às
21:52
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