Théo Gadelha (Wagner Moura, excelente como sempre) e Branca (Mariana Lima) estão com o casamento por um fio. A separação, inevitável, vem acompanhada de brigas e ressentimentos, que acabam atingindo o filho. Théo quer que ele faça um intercâmbio na Nova Zelândia. A mãe é contra. Ausentes, eles mal sabem que o garoto arquitetou um plano ousado para sair de casa. Às vésperas de completar 15 anos, o jovem diz que vai viajar com um amigo de escola e não volta! Vende o computador, compra um cavalo (!) e atravessa dois estados com um único objetivo. Ao se dar conta do sumiço, começa uma busca desesperada de um pai para achar o filho.
Tentando recriar os passos do adolescente, Théo vai acabar se auto-descobrindo também. E o público embarca nessa busca junto com ele, sofrendo a cada informação desencontrada, a cada pista que leva a um novo local... acontece cada coisa surreal com ele que é até difícil acreditar - algumas são até meio forçadas, pra dizer a verdade. A tensão só aumenta quando ele descobre que o pai dele (avô do menino), com quem não fala há anos, pode ser a causa disso tudo. Destaque para a participação especial de Lima Duarte, que também rouba a cena. Se você já teve problemas familiares e pensou em fugir de casa (mesmo que essa ideia tenha durado só 5 minutos), vai se identificar. Se é pai, também vai.
Ano passado A Busca ganhou o prêmio de Melhor Filme no Festival de Cinema do Rio. E realmente ele é um respiro no nosso cinema nacional, muito focado em comédias atualmente. Vale a ida ao cinema.
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