Olhando o poster acima, a gente pode até pensar que O Voo é um desses filmes de ação e suspense que deixam a gente grudado na cadeira, principalmente por causa do avião virado de cabeça pra baixo pegando fogo... ledo engano. Na verdade os primeiros 30 minutos do longa são bastante tensos, que é justamente quando acontece o tal acidente aéreo. Mas depois o filme dá lugar a uma trama sobre alcoolismo, muito focada na interpretação segura e marcante de Denzel Washington.
Ele dá vida ao experiente piloto Whip Whitaker, que está separado de sua esposa e filho, e tem sérios problemas com bebidas e drogas. Certo dia ele vai trabalhar chapado e a aeronave sofre uma pane no ar. Sua frieza e conhecimento permitem que ele faça uma aterrissagem forçada, mesmo assim algumas mortes acontecem. Apontado como herói por uns e vilão por outros, ele terá que responder na justiça pelos erros cometidos. É quando suas escolhas do passado passam a ser decisivas para definir o que ele irá fazer de seu futuro.
O Voo concorre a 2 Oscar (Melhor ator para Denzel Washington e Melhor Roteiro Original) e é dirigido por Robert Zemeckis, seu primeiro filme live action (aqueles com atores de carne e osso) desde O Náufrago, de 2000. Don Cheadle, John Goodman e Kelly Reilly completam o elenco.
A força da interpretação de Denzel segura o filme, que tem um final bom, mas politicamente correto. A abordagem do alcoolismo é nua e crua, o que faz com que o público torça pelo protagonista e se decepcione a cada recaída dele. Um fator negativo, a meu ver, é o excesso de cenas de consumo de drogas, que chegam a incomodar (teve gente saindo do cinema na sessão que eu fui). Mas é um filme bem bacana, principalmente pra quem não tem medo de viajar de avião!
Nenhum comentário:
Postar um comentário