segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Arranhão no adamantium

Se formos estabelecer uma sequência lógica, Wolverine: Imortal se passa depois de X-Men 3 - O Confronto Final. Após matar Jean Grey (Famke Janssen) para salvar a humanidade por ela não conseguir controlar os poderes da Fênix, Logan (Hugh Jackman) decidiu abandonar de vez a vida de herói e passou a viver na selva. Deprimido e assolado por estranhos pesadelos com Jean, ele é encontrado em um bar pela jovem Yukio (Rila Fukushima), enviada a mando de seu pai adotivo, Yashida (Hal Yamanouchi), que foi salvo por Logan em Nagasaki, no Japão, na época em que a bomba atômica foi detonada - prestem atenção nessa lembrança de Logan, é bem bacana.

À beira da morte, Yashida deseja reencontrar Logan para fazer-lhe uma proposta: transferir seu fator de cura para ele, de forma que Logan possa, enfim, se tornar mortal e levar uma vida como a de uma pessoa qualquer. Ele recusa o convite, mas acaba infectado por Víbora (Svetlana Khodchenkova), uma mutante especializada em biologia que é também imune a venenos de todos os tipos. Fragilizado, Logan precisa encontrar meios para proteger Mariko (Tao Okamoto), a neta de Yashida, que é alvo tanto de seu pai, Shingen (Hiroyuki Sanada) quanto da Yakuza, a máfia japonesa.

Ok, eu não conheço a fundo a história do mais popular dos X-Men pra dizer se o filme foi realmente fiel ao Wolverine das HQs. Mas preciso dizer que esse novo longa-metragem deixa a desejar, viu? O Hugh Jackman está ótimo no papel novamente e os efeitos especiais são bons (preste atenção à cena de luta em cima de um trem-bala - exageradíssima, mas bem interessante), mas só isso não basta.

Até tentaram carregar no drama do personagem, seus dilemas e conflitos com os poderes, mas sem muito aprofundamento. O par romântico dele, Mariko, é bem sem sal. A vilã Víbora fica devendo (o momento mais legal é quando ela, tal como uma cobra, troca de pele). E tem um samurai de prata que causa estranheza - uma espécie de robô capaz de cortar as garras de adamantium do Wolverine. E é um tal de perde o poder, transfere o poder, volta a ter o poder, que frusta e confunde o espectador.

Posso dizer que o melhor momento do filme vem depois dos créditos, quando Logan encontra o Professor Xavier e Magneto num aeroporto. Um momento importante para quem conhece a história dos X-Men nos cinemas e nos quadrinhos e que pode ser a chave para a continuação que está por vir.

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