segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Nesse mato tem cachorro

Confesso que Mato Sem Cachorro não era a minha primeira opção ao ir ao cinema na tarde deste domingo. Preferia ver Gravidade ou até mesmo Elysium. Mas por causa dos horários das sessões (e por insistência da namorada), acabei vendo a comédia romântica nacional. E não me arrependi não. Achei o filme "simpático" e divertido.

A história gira em torno de Deco (Bruno Gagliasso), um nerd folgado e preguiçoso, que vive jogado no sofá de casa, fazendo mashups de músicas e vídeos para a internet. Um dia ele meio que "atropela" um cachorro na rua. Para levá-lo ao veterinário ele conta com a ajuda da radialista Zoé (Leandra Leal), e é paixão à primeira vista. Na clínica, o cachorro é diagnosticado com uma doença que o faz desmaiar toda vez que ele fica muito animado. Sem ter coragem de abrir mão do bichinho, eles acabam o adotando, e se aproximando. Não demora muito para que o trio viva como uma família feliz.



Só que, dois anos depois, Zoé termina o namoro, fica com a guarda de Guto e ainda por cima arranja um novo namorado (Enrique Diaz). Motivos mais do que suficientes para que Deco fique revoltado e prepare uma vingança: sequestrar Guto. Para tanto ele conta com a ajuda do primo Leléo (Danilo Gentili).

O filme tem boas atuações do casal de protagonistas. Já o Danilo Gentili, em sua estreia na telona, parece fazer uma cópia dele mesmo - o que não é ruim - e é responsável pela maior parte das cenas engraçadas. Também achei o longa-metragem bem editado, com flashbacks nas horas certas, e uma trilha sonora do caramba, que mistura clássicos do brega com rocks consagrados. Mas o excesso de palavrões me incomodou um pouco.

Fato é que filmes com cachorros sempre "amolecem" o coração da gente. Ainda bem que Mato Sem Cachorro puxa pra comédia, uma vez que Guto, o cão que desmaia, cativa a gente desde os primeiros momentos em que aparece na tela e arranca risadas do público toda vez que desmaia. Detalhe é que foram usados nas gravações 54 cachorros diferentes, das mais diversas raças. Só o Guto foi "interpretado" por sete cachorros distintos, sendo dois adultos e cinco filhotes.

Numa época em que os maus-tratos a animais têm ganhado destaque na mídia, Mato Sem Cachorro é uma boa pedida, principalmente por mostrar como o melhor amigo do homem pode transformar para melhor a nossa vida.

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