sábado, 8 de março de 2014

Homem versus Máquina

      Li um dia desses uma frase do José Padilha que me chamou a atenção. Ele disse que fez do novo Robocop um filme próximo do que ele queria realmente fazer. De fato, adaptar-se à realidade dos filmes de Hollywood não deve ser tarefa fácil, já que, apesar dos orçamentos milionários, a pressão dos produtores e executivos dos estúdios deve ser algo ferrenho.

    Li também que ele fez um filme com alma brasileira. De fato há algumas passagens em Robocop que lembram os dois Tropa de Elite, principais filmes que ele dirigiu anteriormente e que abriram as portas de Hollywood pra ele.

    Refilmagem do clássico de 1987, Robocop se passa em um futuro não muito distante, no ano de 2028. Drones não tripulados e robôs criados pela empresa americana OmniCorp são usados para garantir a segurança mundo afora, mas o combate ao crime nos Estados Unidos não pode ser realizado por eles, uma vez que existe uma lei que os proíbe, apoiada pela maioria dos americanos.

    Tentando reverter a situação e lucrar ainda mais, claro, o dono da companhia, Raymond Sellars (Michael Keaton), decide criar um robô que tenha consciência humana. A oportunidade perfeita aparece quando o policial Alex Murphy (Joel Kinnaman) sofre um atentado, e fica entre a vida e a morte. Com a ajuda do Dr. Norton (Gary Oldman), e com autorização da família, ele será ligado à máquinas de última geração. Surge assim o Robocop.

    O problema é que, justamente por ter consciência humana, ele não é tão rápido e eficiente como os outros robôs. Numa tentativa de aprimorá-lo, suas doses de dopamina são diminuídas, o que faz com que ele fique mais robô que humano, chegando a desprezar a esposa e o filho. Eficiente no combate ao crime, ele ajuda a mudar os rumos da política norte-americana e a tal lei que proibia robôs nas ruas é revogada.

    Até que Alex assume o comando da situação e tenta desvendar o atentado que o vitimou, revelando a corrupção dentro da própria polícia. Numa tentativa de calá-lo, Sellars manda dar um fim nele. Mas com a ajuda do Dr. Norton, Robocop irá provar que, apesar de todo o aparato tecnológico, o homem ainda é capaz de dominar a máquina.

    O filme tem bons efeitos visuais e sonoros. Adoro o barulhinho quando o Robocop se movimenta ou quando ele usa os recursos disponíveis na sua incrível armadura, que ficou ainda mais bacana na cor preta. A trilha sonora também é legal, com direito até a Fly Me To The Moon, do Frank Sinatra.

    O resultado é positivo e tem tudo para ter uma continuação. Mesmo o filme apresentando uma grande crítica à sociedade americana. Corajoso esse Padilha...

    Abaixo você confere os trailers das duas versões:



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