sábado, 29 de março de 2014

Diversão na natureza selvagem


Acho muito bacana o trabalho do diretor Carlos Saldanha ao representar o Brasil.

Rio, de 2011, já mostrava o nosso país de uma maneira diferente, mesmo que estivessem lá todos aqueles clichês pra gringo ver (Carnaval, samba, favela, etc.). O filme foi um tremendo sucesso mundial. Rio 2, que estreou na última quinta-feira, muda o foco ao sair da cidade maravilhosa e ir parar na floresta amazônica, onde as araras Blu, Jade e seus três filhotes irão viver novas aventuras.

Tudo começa quando seus donos, Linda e Túlio, em expedição pela floresta, encontram a pena de uma ararinha azul, o que pode significar que Blu e sua família não sejam os últimos da espécie. Após vê-los em uma reportagem na TV, Jade insiste para que eles partam para a Amazônia. Blu inicialmente reluta, mas acaba aceitando a ideia. Assim, toda a família parte em uma viagem pelo interior do Brasil, passando por cidades como Ouro Preto, Brasília e Salvador! Fiquei feliz ao ver a histórica cidade do interior de Minas retratada no longa-metragem.

Já na Amazônia, eles vão encontrar centenas de outras araras azuis, inclusive o pai de Jade. Neste momento o filme lembra muito "Entrando Numa Fria", em que o personagem de Ben Stiller tem que fazer de tudo para agradar o sogro vivido por Robert De Niro. Atrapalhado e acostumado a uma vida urbana, Blu vai passar por situações pra lá de constrangedoras ao tentar ser aceito pela espécie.



A animação traz de volta praticamente todos os personagens do primeiro filme, apesar de alguns ficarem meio sem função na trama. Nigel, a dramática cacatua vilã, vem agora acompanhada de Gabi, uma rã venenosa perdidamente apaixonada por ele, e pelo tamanduá Carlitos. Mas eles não são os únicos antagonistas. Tem também uma turma de desmatadores que ameaça o ecossistema das araras. Esse excesso prejudica um pouco o filme, pois muitas histórias paralelas não se desenvolvem direito.

Bastante colorido e com um visual arrebatador, Rio 2 tem ótimas cenas, tais como a partida de futebol entre as araras azuis e as vermelhas; a seleção de talentos na floresta, com direito a uma orquestra de pernilongos, tartarugas capoeiristas e um bicho preguiça tagarela; e a "batalha final", com os animais se unindo para enfrentar os madeireiros com seus tratores e explosivos.

Resumindo: Rio 2 é muito divertido, tão bom quanto o original, e que vai agradar em cheio crianças e adultos.

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