sábado, 1 de março de 2014

Efeitos visuais salvam "Pompeia"

* Contém spoilers

Antes de começar a resenha propriamente dita, vai aqui uma breve explicação para quem perdeu ou não se lembrava das aulas de história: Pompeia foi uma cidade do Império Romano destruída durante uma grande erupção do vulcão Vesúvio no ano de 79 d.C. A intensa chuva de cinzas sepultou completamente a cidade, que se manteve oculta por 1600 anos, até ser reencontrada por acaso em 1748. Cinzas e lama protegeram as construções e objetos dos efeitos do tempo, moldando também os corpos das vítimas, o que fez com que fossem encontradas do modo exato como foram atingidas pela erupção. Desde então, as escavações proporcionaram um sítio arqueológico extraordinário, que possibilita uma visão detalhada na vida de uma cidade da Roma Antiga.

O diretor Paul S. W. Andersen resolveu recontar essa história no longa "Pompeia", em cartaz nos cinemas. E para isso recorreu também ao romance: Milo (Kit Harrington), um escravo que se torna gladiador, precisa salvar seu verdadeiro amor Cassia (Emily Browning), a bela filha de um comerciante rico que foi prometida ao corrupto senador romano Corvus (Kiefer Sutherland), em meio a destruição da cidade. Para isso, ele conta também com a ajuda do amigo Gladiador Atticus (Adewale Akinnuoye-Agbaje).

Se não fosse o fato do vulcão em erupção, "Pompeia" seria apenas mais um filme de gladiadores, com aquelas lutas coreografadas, sangue jorrando, etc. A saga de um homem, Milo, em busca de vingança contra o homem que dizimou sua família quando ele ainda era criança, no caso, o senador Corvus.



Apesar de estar em alta como um dos protagonistas da série "Game Of Thrones", Kit Harrington me pareceu um pouco inadequado para o papel. Mesmo seguindo uma dieta rica em proteínas e tendo ganhado 12 quilos de músculos, ele continua com cara de menino. E parece mais um modelo do que um ator. Mesmo ágil, é estranho vê-lo lutando ao mesmo tempo com vários caras com o dobro do tamanho dele e ele levando a melhor. O romance com a mocinha, esperando para ser salva das garras do grande vilão, nem chega a se desenvolver por completo e muitos críticos até insinuaram um "bromance" (um romance entre brothers, ou irmãos, como queiram) entre Milo e Atticus.

O ponto alto do filme é mesmo quando o vulcão acorda. É impressionante a qualidade dos efeitos visuais. Em poucos minutos a cidade é destruída e a população dizimada, num ritmo vertiginoso. Não adianta fugir: terremotos, tsunamis, bolas de fogo cuspidas pelo Vesúvio, pedaços de rocha que caem do céu, lava... e tudo fica ainda mais real pra quem assiste o filme em 3D.

Como eu disse lá no início do texto, muitos corpos das vítimas foram encontrados da mesma maneira em que morreram durante a erupção, mas achei piegas demais o filme terminar com as estátuas de Milo e Cassia se beijando. Ou você achava que eles sairiam ilesos dessa catástrofe?

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