segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Não sei se vou ou se fico, não sei se fico ou se vou...

Ontem assisti "Se Eu Ficar", adaptação para o cinema do livro homônimo, escrito por Gayle Forman. Trata-se de um drama adolescente sobre vida após a morte. Mas mais do que isso, o filme é uma bonita história de amor que tem a música como pano de fundo.

Logo no começo da trama acompanhamos o acidente que vai deixar Mia Hall (Chlöe Grace Moretz), uma prodigiosa musicista, em estado de coma. Narrado em flashbacks, o longa-metragem mostra como a jovem se sentia um "peixe fora d'água" ao escolher o caminho da musica erudita, já que os pais eram roqueiros de carteirinha. Pra complicar ainda mais as coisas, ela se envolve com o popular Adam (Jamie Blackley), vocalista de uma banda de rock que vive em turnê.

Podem esses dois universos tão diferentes conviver em harmonia? Dedicar-se ao violoncelo e ir para uma renomada faculdade de música do outro lado do país ou viver esse amor meio louco, em alta frequência?Entre a vida e a morte, ela refletirá sobre o passado e sobre o futuro que pode ter, caso sobreviva.

Chlöe é linda, carismática e está muito bem no papel. Não há como não se afeiçoar a ela. Não gostei muito de Blackley no papel de Adam... os pais de Mia, os roqueiros aposentados Denny e Kat Hall (Joshua Leonard e Mireille Enos, respectivamente) são ótimos e parecem ser muito mais irresponsáveis que a filha - só parecem. O amor que une a família é algo bonito de se ver. E como o destino nos prega peças, vidas são ceifadas num piscar de olhos. É ficção, mas é realidade. Como dizem, "para morrer, basta estar vivo".

Apesar dos clichês comuns a esse tipo de filme (experiência extra-corpórea, luz no fim do túnel, discursos emocionados de familiares e amigos para a moça em coma, etc...), "Se Eu Ficar" deve agradar em cheio o público. Uma pena estar em cartaz em pouquíssimas salas de cinema em BH (apenas três). Leve o seu lencinho e divirta-se. Ou chore. Ou reflita. Você decide.


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