quarta-feira, 1 de setembro de 2010

O passado e o presente do Grupo Corpo

Já vou logo dizendo: não sou nenhum conhecedor profundo de dança. O que escrevo a seguir baseia-se na simples impressão de quem foi assistir a um espetáculo, ok?

Fato é que há muito tempo eu me cobrava por nunca ter assistido a nenhum espetáculo do Grupo Corpo, a mais conceituada companhia de dança contemporânea de Minas Gerais.

Pois bem, aproveitando que eles voltaram em cartaz comemorando seus 35 anos, fui ver a dobradinha "Ímã + Lecuona", apresentada nos dias 27, 28, 30 e 31/08, no Grande Teatro do Palácio das Artes.

Ímã


Mais recente coreografia do Grupo Corpo, lançada em 2009, Ímã traz música do +2 (trio formado por Moreno, Domenico e Kassin). A coreografia de Rodrigo Pederneiras faz referência à atração e repulsa dos corpos e impressiona pela gama de movimentos dos bailarinos, ora juntos, ora separados.

Mas o que mais gostei foi a iluminação. A mudança sutil de cores do cenário causa um forte impacto visual. E a batida eletrônica da música do +2 é contagiante. Mas lá pelos 30 minutos de apresentação as coisas foram ficando meio monótonas. Mas é um espetáculo bem legal.

Lecuona


Esse espetáculo estreou em 2004 e voltou a ser apresentado graças a uma votação feita com o público através da Internet, que escolheu sua montagem preferida. A trilha musical é do cubano Ernesto Lecuona e o espetáculo é composto por boleros e tangos. São vários duos, à meia luz, e ao final os casais se encontram e participam de uma espécie de baile, num cenário espelhado.

Por trazer mais referências das danças de salão, mescladas à dança contemporâena, gostei mais de Lecuona, e parece que o público presente no Palácio das Artes também, já que cada casal era ovacionado ao final de seus duos.

Resumindo...

Apesar da grande expectativa que tinha em conhecer o trabalho do Grupo Corpo, não me decepcionei. Às vezes eu acho que a dança contemporânea traz apenas um monte de gente se contorcendo e pulando de um lado para o outro, mas consegui enxergar uma lógica na coreografia de Rodrigo Pederneiras.

Mas acho que outras companhias mineiras fazem um trabalho tão bom ou até mais legal que o Corpo, como a 1º Ato, com o espetáculo Isso Aqui Não é Gothan City, um dos que já assisti e mais gostei.

Se você perdeu a dobradinha de Ímã + Lecuona em BH, vai ter que esperar. Da capital mineira eles seguem agora para Salvador, Rio de Janeiro e Brasília.

Se você ficou curioso para conhecer mais sobre o Grupo Corpo, acesse www.grupocorpo.com.br

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